O escritório de direitos humanos da ONU informou nesta quinta-feira (13) que pelo menos 87 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram enterradas em uma vala comum em Darfur Ocidental, no Sudão, dizendo ter informações confiáveis de que foram mortas pelas Forças de Apoio Rápido (RSF) do país.
Representantes da RSF negaram qualquer envolvimento, dizendo que o grupo paramilitar não faz parte do conflito em Darfur Ocidental.
A violência motivada por etnias aumentou nas últimas semanas, acompanhando os combates entre facções militares rivais que eclodiram em abril e levaram o país à beira de uma guerra civil. Em El Geneina, testemunhas e grupos de direitos humanos relataram ondas de ataques da RSF e das milícias árabes contra o povo não árabe Masalit, incluindo tiros à queima-roupa.
“De acordo com informações críveis reunidas pelo Escritório, aqueles enterrados na vala comum foram mortos pela RSF e sua milícia aliada entre 13 e 21 de junho”, disse o comunicado da ONU.
A população local foi forçada a se livrar dos corpos, incluindo os de mulheres e crianças, na cova rasa em uma área aberta perto da cidade entre 20 e 21 de junho, acrescentou.
“Condeno veementemente o assassinato de civis e indivíduos fora de combate e estou ainda mais chocado com a maneira insensível e desrespeitosa com que os mortos, suas famílias e comunidades foram tratados”, afirmou o alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Turk, na mesma nota, pedindo uma investigação.
Uma autoridade de alto escalão da RSF, que não quis ser identificada, disse que “nega completamente qualquer conexão com os eventos em Darfur Ocidental, já que não fazemos parte disso e não nos envolvemos em um conflito porque o conflito é tribal”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.