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MATO GROSSO

Peça teatral baseada em histórias reais ocorridas em presídios femininos é encenada em Cuiabá

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A peça Bereu, baseada em pesquisas e histórias reais da vida de mulheres privadas de liberdade de um presídio de Mato Grosso, será encenada neste mês de novembro, no Cine Teatro Cuiabá. Com sessões gratuitas em todos os finais de semana, o espetáculo será apresentado sempre aos sábados e domingos, às 19h30, para um público de até 80 pessoas por dia.

A peça é fruto de um projeto da Associação Cultural Cena Onze, e as apresentações deste mês são realizadas com recursos da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT). A agenda de novembro no Cine Teatro Cuiabá inclui sessões nos dias 11, 12, 18, 19, 25 e 26.

Além das apresentações no Cine Teatro Cuiabá, a peça também foi encenada nos dias 1º e 2 deste mês para as mulheres da Penitenciária Feminina Ana Maria Couto May, em Cuiabá, e da Cadeia Pública Feminina de Cáceres. O projeto inclui, ainda, três rodas de conversa sobre temas como depressão, ansiedade e suicídio, que serão realizadas dentro dos presídios e uma no Cine Teatro Cuiabá.

A peça Bereu é apresentada desde 2019 pela Cia Cena Onze, que desenvolveu o espetáculo após 14 anos de pesquisa e convivência com as mulheres da Penitenciária Feminina Ana Maria Couto May. No local, o grupo realiza oficinas de teatro, dança e figurino. Bereu é uma gíria usada nas prisões e significa “bilhete, recado, carta”.

Serviço:
Espetáculo Bereu
Datas: Finais de semana de novembro (sábados e domingos)
Horário: 19h30
Entrada: Gratuita
Local: Cine Teatro Cuiabá
Informações: (65) 99227-6215

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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