Na quinta-feira (6), um grupo de parlamentares japoneses lançou um grupo de trabalho no Congresso dedicado à investigação de Objetos Voadores Não Identificados (ÓVNIs), destacando a necessidade de analisar esses fenômenos devido aos possíveis riscos à segurança nacional. Até agora, o tema tem sido largamente negligenciado pelas autoridades japonesas.
O grupo, composto por cerca de 80 membros de diferentes partidos políticos e incluindo vários ex-ministros da Defesa do Japão, pede ao governo uma melhoria na capacidade de detecção e análise desses “fenômenos anormais não identificados”, conhecidos como UAPs.
O ex-ministro da Defesa Yasukazu Hamada destacou a importância de levar a sério esses fenômenos, afirmando que seria irresponsável ignorá-los. Por outro lado, o deputado Yoshiharu Asakawa observou que, no Japão, os óvnis têm sido tradicionalmente associados ao ocultismo, distanciando-se da esfera política.
“Seria extremamente irresponsável da nossa parte nos conformarmos com o fato de que algo é simplesmente inexplicável e continuarmos a enterrar nossas cabeças na areia” com relação a esses fenômenos, declarou recentemente o ex-ministro da Defesa Yasukazu Hamada.
“No Japão, os óvnis são tradicionalmente percebidos como pertencentes ao reino do ocultismo, que não tem nada a ver com política”, apontou Yoshiharu Asakawa, um deputado de um partido de oposição.
Entretanto, Asakawa alertou para o potencial perigo caso esses objetos voadores não identificados se revelem “armas secretas avançadas ou drones espiões disfarçados”, representando uma ameaça significativa à segurança nacional.
Nos Estados Unidos, principal aliado de defesa do Japão, a NASA e o Pentágono têm se dedicado à coleta e análise de dados sobre extraterrestres. Em 2022, foi criado um escritório dedicado aos UAPs no Pentágono. A inteligência dos EUA e a NASA também estão envolvidas nesse campo.
Apesar disso, um relatório do escritório especializado em óvnis do Pentágono, o AARO, divulgado em março, afirmou que não havia evidências conclusivas de que alguns desses objetos não identificados fossem de origem extraterrestre. A maioria dos avistamentos, segundo o relatório, poderia ser explicada por identificação incorreta de objetos comuns.
O Ministério da Defesa do Japão também concluiu que vários avistamentos de óvnis no espaço aéreo japonês eram provavelmente balões espiões chineses, após um caso de grande repercussão envolvendo um balão chinês que sobrevoou o espaço aéreo norte-americano. Este incidente ajudou a dissipar incertezas em torno de anomalias aéreas observadas anteriormente.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.