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MATO GROSSO

Parceria entre Governo do Estado e instituições privadas reforça segurança em Cuiabá

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A parceria entre o Governo do Estado e entes privados está proporcionando mais segurança à população de Cuiabá. Habilitados ao programa Vigia Mais MT, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), empresas, associações e condomínios receberam câmeras de videomonitoramento, que são instaladas nas áreas externas das instituições e logradouros públicos, beneficiando toda a comunidade do entorno.

O programa Vigia Mais MT entrega câmeras de segurança de alta tecnologia por meio da assinatura de um termo de cooperação aos municípios e outras instituições. A partir do investimento de R$ 5,6 milhões, o Governo do Estado disponibilizou 3.932 dispositivos para Cuiabá. A empresa Dimel Iluminação, localizada na avenida Miguel Sutil, está entre os 20 projetos privados habilitados ao programa. Hotéis, condomínios e empresas do ramo de comércio e agronegócio integram essa lista.

Ao fazer a retirada das câmeras de alta tecnologia na quarta-feira (01.11), o diretor da Dimel Iluminação, João Davi, destacou a importância da união entre a iniciativa privada e pública.

“Essa parceria é interessante para cooperar com a segurança da cidade. Estamos na região da Avenida Miguel Sutil todos os dias e essa fiscalização vai ser importante para monitoramento e aprimoramento da segurança”, pontuou.

O Vigia Mais MT auxilia as ações policiais, facilitando a análise e a tomada de decisões estratégicas e operacionais, gerando resultados positivos para a redução da criminalidade e otimização de recursos. Em todo estado foram investidos R$ 30 milhões para distribuição de 15 mil câmeras fixas, speed domes e OCRs (que permitem a leitura de placas de veículos). Além das câmeras, Governo do Estado oferta gratuitamente o nobreak, switch e armários. Aos municípios caberão os custos da instalação e manutenção dos equipamentos.

Dos 142 municípios mato-grossenses, 117 fizeram adesão e 104 já fizeram a retirada dos dispositivos. Também fazem parte do programa 7 secretarias estaduais. Das 15 mil câmeras, 6.658 mil já foram entregues e 1.010 estão em funcionamento, podendo ser acompanhadas em tempo real pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) e via aplicativo de celular.

O superintendente do Ciosp, delegado Cláudio Álvares, salientou que a união com setores privados é fundamental para a Segurança Pública.

“A partir das parcerias firmadas na Capital, vamos reforçar a segurança na área central, na industrial, em pontos tradicionais e em agroestradas”, afirmou.

Podem se habilitar ao programa entes públicos, privados, pessoas físicas, jurídicas, órgãos, entidades, conselhos, associações comerciais da administração pública federal, estadual e municipal, além de consórcios públicos intermunicipais.

Os critérios para definição do número de câmeras levam em conta a população, renda per capita e os índices criminais. Já os pontos de instalação são definidos a partir de estudo e análises de dados criminais e planos de ações estratégicas feitos pelos órgãos de segurança pública.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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