Começa nesta quarta-feira (19) o World Championship Para Standing Tennis na Itália e a capital federal tem uma representante na disputa. A paratleta Thalita Rodrigues, 29, participa pelo segundo ano do torneio e tenta trazer o título novamente para o Brasil .
Para Thalita, o Para Standing Tennis representa a realização de um sonho e a oportunidade de demonstrar ao mundo nosso talento e dedicação.
“ No ano passado, tivemos a honra de contar com a participação de 40 jogadores, incluindo duas mulheres, e apenas eu como representante brasileira. Este ano, estamos ainda mais animados com a presença de mais de 100 atletas de diversos países, incluindo sete brasileiros”. Este torneio é um marco significativo para nós, mostrando à ITF (International Tennis Federation) e ao Comitê Paralímpico que estamos prontos para alcançar novos patamares ”, reflete. Para participar, ela fez uma vaquinha online para ajudar com os custos da viagem a Itália, e arrecador R$ 5 mil.
A categoria para standing tennis , criada há seis anos, é uma modalidade de tênis adaptada para pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida. Nela, os jogadores podem permanecer em pé durante a partida, usando prótese adaptadas e com regras que se adequam às necessidades dos atletas.
Thalita Rodrigues nasceu sem o antebraço esquerdo por causa da rubéola contraída por sua mãe durante a gravidez, que prejudicou a formação do feto. No entanto, isso nunca impediu a jovem de seguir a sua paixão pelo tênis desde a infância. Em 2023 ela conquistou o título de campeã no torneio, enfrentando competidores no masculino: “Foi um momento marcante em minha carreira, que me enche de orgulho e motivação para continuar treinando e competindo em alto nível”.
Carreira
Além do Brasil, a atleta já jogou em países como Uruguai e Paraguai. Com pai treinador de tênis, já aos oito anos Thalita começou a se interessar pelo esporte e já demonstrou muito potencial. Ainda na adolescência, ela começou a participar de competições oficiais, com pessoas sem deficiência e surpreendia a todos — já que o tênis paraolímpico só existia na categoria cadeirante. A carreira a levou para os Estados Unidos, onde Thalita se formou em Administração Esportiva e Marketing Esportivo e teve a oportunidade de jogar tênis universitário, aprimorando as habilidades.
“Já tive a honra de representar meu país em torneios internacionais em Houston, nos Estados Unidos; Turim, na Itália; e Melbourne, na Austrália. Meu próximo desafio é participar de uma demonstração em Wimbledon e no próximo ano tenho planos de competir em um torneio muito importante no Japão”, conta.
Outro desejo da atleta é que essa categoria de tênis adaptado também se torne parte dos Jogos Paraolímpicos, proporcionando mais visibilidade e oportunidades para todos os jogadores.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.