Milhares de pessoas se reuniram na Esplanada dos Ministérios, neste domingo (28), para a celebração a Parada do Orgulho de Brasília, em um desfile colorido e cheio de energia. O evento, que começou às 14h com o início do trajeto dos trios elétricos, destacou-se pela presença de artistas renomados e pela abordagem de temas sociais relevantes, como a terceira idade da população LGBTQIAPN+.
Responsável pela organização do evento, a Associação Brasília Orgulho celebrou um marco significativo ao trazer duas grandes estrelas do cenário nacional: Lia Clark e Pepita. Pela primeira vez, as duas artistas se apresentaram na parada brasiliense, contribuindo para reverberar as pautas reivindicadas pelo movimento. Pepita subiu ao palco às 17h30 no Trio do Distrito Drag, enquanto Lia Clark fez sua performance às 19h no segundo trio, junto com o drag Pikineia e o coletivo Brasília Orgulho.
“Colocando nossas cores e nossos beijos na Esplanada dos Ministérios pra dizer que temos orgulho e pros armários não voltaremos”, registrou o deputado distrital Fábio Felix (PSol) , o único parlamentar assumidamente gay da Câmara Legislativa (CLDF) e o mais votado nas últimas eleições.
A marcha também contou com a presença de DJs como Mike, Naomi Leakes, Ella e Nicolas Magalhães, além das performances de Day Mahara, Larissa West, Pérola Negra e Gabrielly Ganash. No trio elétrico dos Jovens Unidos por Direitos Iguais e Humanos (Judihbr), DJs como Mutti, Hudson Vidal e Victor Kened, além da drag Veronica Strass, mantiveram o clima festivo e engajado.
O evento deste ano trouxe uma nova e importante temática: “60+ Orgulho. Terceira idade LGBT: visibilidade, inclusão e políticas públicas”. Um dos organizadores, o ativista Igor Albuquerque reforçou a importância de abordar a vida dos idosos dentro da comunidade.
“É a primeira vez que uma parada do orgulho no Brasil aborda esse tema. Se existe um nicho mais invisibilizado dentro da sigla, são os 60+, os idosos. Esses são os que lutaram para que estivéssemos aqui hoje”, afirmou.
Igor levantou questões sobre o envelhecimento da população LGBTQIAPN+ e os desafios enfrentados pela comunidade, como a falta de suporte familiar e as condições restritas dos asilos.
Veja a multidão em Brasília:
Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ reúne milhares de pessoas em Brasília neste domingo (28). pic.twitter.com/5eZnV37BBZ
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.