O ministério paquistanês das Relações Exteriores confirmou, nesta quarta-feira (16), que duas crianças morreram e três ficaram feridas em bombardeios aéreos iranianos considerados “ilegais”. A pasta informou ter convocado o representante do Irã em Islamabad para protestar contra o que descreveu como “uma violação injustificada de seu espaço aéreo”.
O ministério destacou a total inaceitabilidade da violação da soberania do Paquistão, alertando para possíveis consequências sérias. Este é o terceiro ataque com mísseis realizado pelo Irã na semana, sendo os dois anteriores na Síria e no Iraque.
O bombardeio em território paquistanês, ocorrido na noite de terça-feira, resultou na morte de dois meninos e ferimentos em três meninas, conforme relatou a pasta. Até o momento, não houve comentários por parte das autoridades iranianas. Apesar das frequentes acusações mútuas entre Irã e Paquistão sobre apoio a militantes para lançar ataques além da fronteira, confrontos diretos entre as forças oficiais são incomuns.
Além disso, o Irã realizou um ataque com mísseis contra a Síria na segunda-feira, justificado como retaliação a dois atentados suicidas ocorridos em Kerman, cidade iraniana, durante uma procissão. O Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade pelos atos. O governo iraniano afirmou que os alvos do ataque eram terroristas. Quanto aos mísseis lançados contra o Iraque, a Guarda Revolucionária do Irã afirmou que visavam ‘centros de espionagem’ de Israel.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.