O papa Francisco realizou a tradicional cerimônia do lava-pés, um dos pontos altos da Semana Santa católica, no presídio para menores de Casal di Marmo, na periferia romana, nesta quinta-feira (6). Aos detidos, o líder religioso afirmou que Deus “ama a todos como nós somos”.
“Jesus sabe das coisas que temos no coração e nos ama assim como somos, e ele também lava os pés de todos nós. Jesus não se assusta com as nossas fraquezas. Quer segurar a nossa mão para que a vida não seja tão dura conosco”, disse durante a homilia.
Pouco antes de fazer o rito, ao anunciar que iria lavar os pés para os jovens, o líder disse que “esperava conseguir fazer” isso porque “não consigo caminhar muito bem”.
Apesar de ter chegado de cadeira de rodas ao presídio, Francisco realizou a cerimônia do lava-pés sem usar o equipamento, apoiando-se inicialmente em uma bengala até o local onde os jovens estavam. A locomoção foi feita de forma bastante lenta – e não sem apresentar dificuldades. Desde o ano passado, um problema no joelho direito impede a sua livre locomoção.
Ao fim do rito, alguns jovens conversaram com o líder católico ao pé do ouvido, que depois voltou ao seu lugar usando novamente uma bengala. Já ao fim da celebração, Francisco foi amparado em uma cadeira de rodas e saiu da capela aplaudido pelos presentes.
O grupo de jovens incluía meninos e meninas e eles representam os apóstolos de Cristo. O gesto quer demonstrar a humildade perante os outros e a celebração na capela do local reuniu cerca de 100 pessoas.
Essa é a segunda vez que o pontífice celebra a Coena Domini nesse presídio, retornando ao local exatos 10 anos de sua primeira ida.
O gesto também faz parte das celebrações da primeira década de pontificado de Jorge Mario Bergoglio, completada no último mês de março, e que mudou a forma com que os Papas fazem esse rito. No ano passado, o chefe da Igreja Católica havia ido para o Novo Complexo Penitenciário de Civitavecchia.
Além dos problemas de locomoção, Francisco havia deixado o hospital Policlínico Gemelli, em Roma, no último sábado (1º), após ficar internado por uma infecção respiratória. Ao sair do local, ele ainda confirmou que faria todas as cerimônias católicas da Semana Santa.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.