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Papa pede fundo para clima e fome com dinheiro destinado a armas

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Papa Francisco
Reprodução/Instagram

Papa Francisco

O papa Francisco voltou a apelar neste sábado (2) para a criação de um fundo com o dinheiro destinado a armamentos, com o objetivo de financiar a luta contra a fome global e a crise climática.

O apelo foi feito em seu discurso na 28 edição da Conferência da ONU sobre as mudanças climáticas, a COP28, em Dubai, lido pelo secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin.

Francisco, que foi impedido de participar da cúpula devido a uma crise de bronquite, disse: “Quanta energia a humanidade está desperdiçando nas muitas guerras em andamento, como em Israel e na Palestina, na Ucrânia e em muitas regiões do mundo”.

O religioso explicou que todos esses conflitos não vão resolver os problemas, mas os aumentarão e voltou a questionar “quantos recursos são desperdiçados em armamentos, que destroem vidas e arruínam a casa comum”.

“Reitero uma proposta: com o dinheiro que é gasto com armas e outras despesas militares, criemos um fundo mundial para finalmente eliminar a fome e realizar atividades que promovam o desenvolvimento sustentável dos países mais pobres, combatendo das alterações climáticas”, disse.

O líder da Igreja Católica explicou ainda que “as alterações climáticas sinalizam a necessidade de uma mudança política” e defendeu que “saiamos das restrições do particularismo e do nacionalismo”, pois são “padrões do passado”.

No texto, o argentino pede que “abracemos uma visão alternativa e comum”, que permitirá uma conversão ecológica, porque “não há mudanças duradouras sem mudanças culturais”.

“É tarefa desta geração dar ouvidos aos povos, aos jovens e às crianças para lançar as bases de um novo multilateralismo. Por que não começar pela casa comum?”, questionou.

O Pontífice assegura nisto “o compromisso e o apoio da Igreja Católica, ativa sobretudo na educação e na sensibilização para a participação comum, bem como na promoção dos estilos de vida, porque a responsabilidade é de todos e a de cada um é fundamental”.

Segundo Francisco, a “saída” da crise climática é “aquela que vocês estão seguindo nestes dias: o caminho da união, do multilateralismo”.

“É preocupante neste sentido que o aquecimento global seja acompanhado por um esfriamento geral do multilateralismo e por uma desconfiança crescente na comunidade internacional. É essencial reconstruir a confiança, fundamento do multilateralismo”, acrescenta ele, enfatizando que “isto aplica-se tanto ao cuidado da criação como à paz: são as questões mais urgentes e estão interligadas”.


Jorge Bergoglio garantiu que “é essencial uma mudança de ritmo que não seja uma modificação parcial da rota, mas uma nova forma de proceder juntos”.

De acordo com ele, “se o Acordo de Paris marcou ‘um novo começo’ na luta contra as mudanças climáticas, que começou no Rio de Janeiro em 1992, devemos agora “relançar a jornada”.

“Que esta COP seja um ponto de viragem: deixe-a demonstrar uma vontade política clara e tangível, que conduza a uma aceleração decisiva da transição ecológica, através de formas que têm três características: são eficientes, vinculativas e facilmente monitoradas”, afirmou.

Por fim, o Santo Padre pediu que todos encontrem realização em quatro campos: “eficiência energética; fontes renováveis; eliminação de combustíveis fósseis; educação para estilos de vida menos dependentes destes últimos”.

“Por favor, vamos em frente, não vamos voltar atrás. Aqui se trata de não adiar mais, de realizar, não apenas de esperar, o bem dos seus filhos, dos seus cidadãos, dos seus países, de nosso mundo. A história agradecerá. 2024 marca o ponto de virada”, concluiu ele, apelando para que as divisões fiquem para trás e as forças se unam. “Com a ajuda de Deus, saímos da noite de guerras e de devastação ambiental para transformar o futuro comum numa aurora de luz”.

Fonte: Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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