O papa Francisco fez um apelo neste domingo (15) para a criação “urgente” de corredores humanitários para a evacuação dos civis da Faixa de Gaza, atacada por Israel após ter sido alvo de uma ofensiva do grupo fundamentalista islâmico Hamas .
Em declaração após a tradicional oração do Angelus, na Praça São Pedro, o Pontífice enfatizou que “o direito humanitário tem que ser respeitado, sobretudo, em Gaza, onde é urgente e necessário garantir corredores humanitários e socorrer toda a população”.
O líder da Igreja Católica voltou a apelar “fortemente que as crianças, os doentes, os idosos, as mulheres e todos os civis não sejam vítimas do conflito” e pediu a libertação dos reféns.
“Muitos já morreram. Por favor, não derramem mais sangue inocente, nem na Terra Santa, nem na Ucrânia ou em qualquer outro lugar. Chega”, pediu ele, lembrando que “as guerras são sempre uma derrota”.
Jorge Bergoglio reforçou que acompanha “com muita dor o que está acontecendo em Israel e na Palestina” e pensa sobretudo nas muitas crianças e nos idosos que estão nos territórios.
Em declarações para a imprensa da Santa Sé, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, ressaltou que essas duas questões “estão no centro das preocupações de todos nós, do Papa e de toda a comunidade internacional”.
Hoje, o embaixador israelense na Itália, Alon Bar, comentou a possível mediação do Vaticano no conflito, enfatizando que espera “que haja uma solução humanitária especialmente para a libertação dos reféns e para todas as pessoas que sofrem em Gaza”.
“Respeitamos tanto o direito internacional como o apelo do Papa. Mas vocês devem entender que não há como esta guerra terminar sem a eliminação completa da ameaça do Hamas de Gaza e de Israel. Espero que isso aconteça muito em breve”, concluiu o diplomata.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.