O papa Francisco enviou uma mensagem para o bispo de Hiroshima, Alexis Mitsuru Shirahama, neste sábado (20) e pediu que os líderes do G7 , que estão reunidos na cidade japonesa, declarem “com firmeza a inadequação das armas nucleares para responder, de maneira eficaz, as grandes ameaças à paz e para garantir a segurança nacional e internacional”.
O líder católico ainda lembrou que Hiroshima, alvo de uma bomba nuclear durante a Segunda Guerra Mundial, serve como um “símbolo da memória” da devastação que esse tipo de armamento pode provocar.
“A cúpula do G7 em Hiroshima deve dar uma prova de uma visão de longo prazo em criar os fundamentos para uma paz duradoura e para uma segurança estável e sustentável. Basta considerar o impacto humanitário e ambiental catastrófico que resultaria do uso de armas nucleares, bem como o desperdício de recursos humanos e econômicos que pede sua produção”, diz ainda.
Dizendo que possuir esse tipo de armamento para a segurança “é uma ilusão”, Francisco pontuou que não deve ser “subavaliado” o impacto dos “efeitos do persistente clima de medo e suspeição gerado só por ter elas, que compromete o crescimento de um clima de confiança recíproca e de diálogo”.
O Papa ainda lembrou da visita que fez ao Memorial pelas Vítimas em Hiroshima, em 2019, e cobrou que os líderes mundiais reflitam mais sobre o tema.
A fala do líder católico ocorre em um momento que, por mais de uma vez, aliados do governo russo ameaçam com o uso de armas nucleares contra a Ucrânia.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.