O Papa Francisco fez um anúncio histórico nesta quarta-feira (26) que pode abrir portas para uma maior inclusão na tomada de decisões da Igreja Católica Romana .
Pela primeira vez na história, as mulheres terão direito a voto em uma reunião global de bispos , durante a XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que será realizada em duas sessões em outubro de 2023 e outubro de 2024.
As mulheres só podiam participar dos sínodos como auditoras, mas sem direito a participar da votação. A decisão do Papa Francisco concede o direito de voto a cinco irmãs religiosas e inclui um grupo de 70 membros não bispos para representar vários setores da igreja, como padres, religiosas, diáconos e leigos católicos.
O grupo será escolhido pelo Papa a partir de uma lista de 140 pessoas recomendadas pelas conferências episcopais nacionais, com a recomendação de que 50% sejam formados por mulheres. As conferências encorajaram também a inclusão de jovens no grupo.
Embora a maioria daqueles com direito a voto ainda seja formada por bispos, é significativa a mudança na instituição que há séculos é dominada por homens.
O Vaticano afirmou que a decisão visa “garantir que o sínodo seja uma experiência cada vez mais enriquecedora e frutífera para toda a Igreja, com a contribuição das diferentes perspectivas e sensibilidades”.