O primeiro-ministro palestino, Mohammed Shtayyeh, disse que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) poderia participar de um “novo mecanismo, em conjunto com a comunidade internacional” em prol do futuro de Gaza, mas não excluiu a participação do grupo fundamentalista islâmico Hamas.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (8) pela agência Bloomberg, citando um alto funcionário palestino, após o premiê conversar com a administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre a crise no Oriente Médio.
“Antes do 7 de outubro, o Hamas era uma coisa, agora é outra. Se estiverem dispostos a chegar a um acordo e a aceitar a plataforma política da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), será possível falar sobre isso. Os palestinos não devem estar divididos”, afirmou ele.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rebateu a declaração. “Não haverá Hamas, vamos eliminá-lo. O simples fato de a Autoridade Nacional Palestina o propor apenas reforça a minha visão política: não é a solução”, escreveu ele nas redes sociais.
Situação em Gaza
Nesta sexta-feira, em publicação nas redes sociais, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) alertou que a situação no território palestino está “à beira do colapso”.
“Em Gaza estamos chegando a um ponto sem retorno, onde o flagrante desprezo pelo direito humanitário internacional fere a nossa consciência coletiva”, diz o texto.
De acordo com a Unrwa, “o fim dos combates é imperativo se quisermos evitar a dizimação de Gaza e conter as consequências desta crise”.
O diretor da agência da ONU, Thomas White, falou de uma “ordem civil que está em colapso – as ruas parecem um caos, especialmente depois de escurecer -, alguns comboios humanitários foram saqueados e veículos da ONU apedrejados”. “A sociedade está à beira do colapso total”, concluiu.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.