Em uma carta conjunta elaborada pelo Chile, os países da América do Sul manifestaram “seu mais enérgico rechaço” à violência das gangues. Eles transmitiram “seu explícito e inequívoco respaldo e solidariedade ao povo e às autoridades do Equador”.
A ministra de Segurança argentina, Patricia Bullrich, declarou que a crise no Equador é uma questão continental e ofereceu apoio militar ao país.
“Estamos dispostos a ajudá-los e a enviar forças de segurança, se necessário, para ajudar o Equador. É uma questão continental. O que acontece no Equador, na Colômbia, no Peru, na Bolívia influencia a Argentina. Temos que nos proteger disto [narcóticos] como país e como continente”, disse Bullrich.
“O governo brasileiro acompanha com preocupação e condena as ações de violência conduzidas por grupos criminosos organizados em diversas cidades no Equador. Manifesta também solidariedade ao governo e ao povo equatorianos diante dos ataques. O governo segue atento, em particular, à situação dos cidadãos brasileiros naquele país. O plantão consular do Itamaraty pode ser contatado no número +55 61 98260-0610 (inclusive WhatsApp)”, diz o Itamaraty.
O que acontece no Equador?
Na última terça-feira (9), o Equador teve novos episódios de violência extrema, marcados pela invasão a uma universidade em Guayaquil e a uma emissora de TV local por homens armados; ao sequestro de oito pessoas, sendo uma delas um brasileiro; e explosões na província de Esmeraldas. Os ataques fizeram com que o país decretasse Conflito Armado Interno e o Ministério da Educação suspendesse as aulas até a próxima sexta-feira (12).
A declaração de conflito armado interno, que determina que as Forças Armadas devem “neutralizar” 22 grupos criminosos, que são agora considerados “organizações terroristas”.
Ainda, o decreto determina que as operações ocorram com base no Direito Internacional Humanitário e de modo que respeite os direitos humanos.
Até o momento, o presidente também instalou um decreto de estado de exceção no Equador, que tem prazo de 60 dias e restringe os direitos dos equatorianos de locomoção (toque de recolher entre às 23h e às 5h), reunião e privacidade de domicílio e de correspondência.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.