A Comissão Europeia — braço executivo da União Europeia — anunciou nesta segunda-feira (09) que vão congelar os recursos de desenvolvimento que eram destinados à Palestina, devido aos últimos eventos . Se ajunta a decisão a Alemanha e a Áustria.
O congelamento anunciado pela Comissão é de um portfólio de ajuda que soma 691 milhões de euros. No Twitter, o comissário União Europeia para Ampliação e Política de Vizinhança, Oliver Varhelyi, disse que a “escala de terror e brutalidade contra Israel e seu povo é um ponto de inflexão”.
Ele completa dizendo: “As bases para a paz, a tolerância e a coexistência devem ser abordadas agora. A incitação ao ódio, à violência e a glorificação do terror envenenaram as mentes de muita gente. Precisamos de ação e precisamos dela agora.”
A UE atua fortemente como fornecedora de ajuda no território palestino, sendo tida uma das maiores doadoras. Entre 2021 e 2024, era prospectado que a UE alocasse cerca de 1,2 bilhão de euros em investimentos nos territórios da Palestina, sendo mais focados nas áreas de educação e saúde.
Alemanha
A ajuda alemã já estava sendo revista desde o último domingo (08). A ministra da Cooperação e Desenvolvimento Econômico da Alemanha, Svenja Schulze, anunciou que os repasses estavam sendo reexaminados, mas que o governo alemão estava sendo pressionado por todos os lados (aliados e oposição) para que congelasse a ajuda.
A Alemanha transferiu para a Palestina, em 2020, um valor de 193 milhões de euros. O dinheiro foi destinado para o desenvolvimento econômico da região. O país já havia se comprometido de, em 2023, ajudar a Palestina com cerca de 250 milhões de euros.
A ministra ainda reiterou que a Alemanha sempre cuidou para que os valores não fossem desviados para outros fins, sendo destinados apenas para projetos pacíficos, mas que “esses ataques a Israel marcam uma terrível ruptura”.
Apoio a Israel
A Alemanha tem demostrado apoio e solidariedade a Israel desde o início dos ataques. O chanceler Olaf Scholz afirmou no último domingo que Israel tem o direito de “proteger seus cidadãos e perseguir os agressores”. Ele ainda conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e confirmou que a Alemanha segue “firme e inabalavelmente ao lado de Israel”. “A segurança de Israel é de interesse nacional da Alemanha. Isso é especialmente verdadeiro em momentos difíceis como este. E nós agiremos de acordo”, completa o chanceler.
A Áustria deve congelar cerca de 19 milhões de euros que seriam destinados à Palestina. Eles pretendem ainda reanalisar os projetos que estavam sendo desenvolvidos para a região. “A escala do terror é tão terrível. É uma fissura tão grande que não se pode voltar ao ‘negócios como sempre'”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.