Uma reunião dos Representantes Permanentes dos 27 Estados-membros da União Europeia (Coreper) decidiu aprovar nesta quinta-feira (8) o Pacto sobre Migração, com 10 atos legislativos.
O documento agora segue ao Parlamento Europeu, onde deve ser analisado em abril. Em caso de aprovação, ainda faltará a aprovação final pelo Conselho Europeu.
“Houve grande emoção na sala”, garantiu um diplomata presente.
Em outubro, o pacto passou por um acordo depois que a Alemanha concordou em retirar um artigo sobre o socorro marítimo que incomodava a Itália, removendo a defesa a ONGs que atuam no Mediterrâneo.
Apesar da aprovação por maioria qualificada, Hungria e Polônia fizeram oposição, sendo países historicamente hostis a migrantes da África e do Oriente Médio.
Budapeste, especificamente, acusou o bloco de querer violar sua soberania e transformar a Hungria em um “campo de refugiados”.
O texto prevê “solidariedade obrigatória entre os Estados”, mas não realocações forçadas.
O apoio é uma demanda principalmente da Itália, que é a maior porta de entrada na Europa pela Rota do Mediterrâneo, especialmente através da ilha de Lampedusa, geograficamente próxima da África.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.