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Política Nacional

Padilha faz balanco de troca ministerial para ampliar base do governo

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O ministro das Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, ao chegar à cerimônia do desfile cívico-militar de 7 de Setembro, nesta nesta quinta-feira (7), comentou as trocas de ministros anunciada na noite anterior, que podem ampliar a base de apoio ao governo Congresso Nacional.

De acordo com o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concluiu o diálogo que vinha sendo feito desde o mês de julho e que agora haverá reforço ao time do governo, com a incorporação dos partidos políticos Republicanos e Progressistas (PP) na equipe ministerial.

“Os líderes das duas bancadas federais, do Republicanos e do Progressistas, já vinham ajudando o governo no primeiro semestre na aprovação da reforma tributária, do marco fiscal, da recriação de todos os programas sociais, de criar um ambiente democrático e ter rechaçado os atos golpistas do dia 8 de janeiro, o que nos permite que, nesse dia histórico, 7 de Setembro, a gente tenha um momento de afirmação da democracia e da união do país. E também já contribuíram, durante todo o primeiro semestre, para criar um ambiente econômico no país.”

Ana Moser

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, agradeceu a participação da ministra do Esporte, Ana Moser, que será substituída pelo deputado federal André Fufuca (PP-MA), após o presidente Lula retornar da reunião do G20, na Índia.

Padilha agradeceu pelos trabalhos que a ex-atleta do voleibol, Ana Moser, vinha fazendo até então, à frente da pasta, e acredita que Moser continuará colaborando com o esporte.

“O presidente Lula considera e acredita que a ministra Ana Moser vai continuar colaborando com o esporte brasileiro, com as políticas públicas federais. Ela tem apreço muito grande na relação do esporte com a educação.”

Padilha ressaltou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprirá todos os compromissos firmados durante a campanha eleitoral, em 2022,  e no início do governo, na área do esporte, sob novo comando da pasta. E fez uma comparação esportiva.

“Podemos estar tendo uma mudança dos jogadores que estão em quadra, mas não mudam a estratégia, o plano tático e os objetivos do time.”, compara o ministro de Relações Institucionais da PR, Alexandre Padilha.

“No próprio vôlei, às vezes, acontece do treinador ter que tirar do jogo, num certo momento, sua maior ponta de rede, para melhorar a defesa, para melhorar o passe, para enfrentar o momento do jogo. Então, estamos fazendo uma mudança de quem está na quadra, mas não mudam os compromissos com o esporte brasileiro, não mudam os compromissos anunciados pelo presidente Lula e iniciados pela ministra Ana Moser.”

Trocas 

Padilha comentou ainda a mudança no Ministério de Portos e Aeroportos, de onde sai o ministro Márcio França e assume o parlamentar Sílvio Costa Filho (Republicanos – PE).

“O ministro Sílvio Costa Filho assume e reafirma o compromisso com as políticas de portos e aeroportos que vêm sendo feitas, com a expansão da nossa aviação regional, de estruturar aeroportos regionais no país, compromisso da expansão da área de portos.”

Padilha destacou que o ministério tem papel estratégico no país, pois vem batendo recordes de exportação neste momento. “Queremos ampliar nosso comércio exterior, queremos reduzir o custo da logística. Esse ministério tem papel decisivo nisso.”

Sobre a criação do 38° ministério, Padilha ressalta que o ministro Márcio França aceitou o desafio de lidar com o tema das micro, médias e pequenas empresas, com o tema do empreendedorismo, como deseja o presidente Lula.

As nomeações e as cerimônias de transmissão de cargos dos novos ocupantes anunciados serão realizadas após o retorno do presidente Lula e comitiva da viagem à Índia.

Fonte: EBC Política Nacional

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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