Ele assume o cargo após pressão do União Brasil por outro representante da legenda depois que Daniela Carneiro deixou o partido. Com o nome de Sabino, a expectativa do Planalto é ampliar sua base de apoio no Congresso.
“O presidente Lula e eu nos reuniremos com o presidente e os líderes do União Brasil, em data a ser definida amanhã, para receber a indicação do deputado Celso Sabino, que vai liderar a pasta do Turismo, dando continuidade ao trabalho pela recuperação de um setor tão importante para a geração de emprego e renda no Brasil”, escreveu Padilha em nota.
O anúncio foi feito por Alexandre horas após o Palácio do Planalto confirmar a manutenção de Carneiro no cargo. Ela, inclusive, publicou uma foto ao lado do presidente Lula no seu perfil do Instagram.
“Sigo ao lado do presidente Lula trabalhando por um Brasil mais digno e justo para todos os brasileiros”, escreveu a ministra na legenda.
Histórico político de Sabino
Ex-tucano, evangélico e aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Sabino esteve ao lado de Jair Bolsonaro (PL) quando o ex-mandatário ainda liderava o Planalto.
Ele entrou para a vida política aos 44 anos, em 2011, quando foi eleito deputado estadual suplente em Belém pelo antigo PR. No ano seguinte, assumiu como secretário estadual na Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda (Seter).
Depois, em 2013, filiou-se ao PSDB e foi eleito deputado estadual. Um dos principais aliados de Aécio Neves (MG) na Câmara, em 2018 também foi eleito como deputado estadual. O paranaense foi o relator do pedido de expulsão do mineiro no ano seguinte.
Em 2020, Sabino publicou uma foto ao lado de Bolsonaro e, apesar de não deixar explícito o apoio ao ex-chefe do Executivo, afirmou ser “a favor do Brasil”. A atitude incomodou os tucanos e, em 2021, o deputado anunciou a desfiliação da legenda.
Depois, Sabino chegou a viajar com Bolsonaro e apoiá-lo em decisões durante a pandemia de Covid-19, como na indicação do ex-ministro Marcelo Queiroga à pasta da Saúde.
Além disso, o novo ministro já fez críticas a Lula no passado e chegou a insinuar que haveria uma estratégia do PT para que o mandatário, quando investigado pela Operação Lava Jato, conseguisse garantir foro privilegiado. A publicação, feita nas redes sociais, foi deletada em junho deste ano. Nela, Sabino se referia ao atual chefe do Executivo como “homem que poderia ser preso por crimes como lavagem de dinheiro”.
Em 2016, ele também condenou a indicação do petista para assumir a Casa Civil no governo da então presidente Dilma Rousseff (PT).
Essa foi a primeira conversa entre eles desde a indicação do União Brasil para a pasta. Na ocasião, Sabino retribuiu o petista com uma camisa do Remo, time de Belém que disputa a Série C do Campeonato Brasileiro.