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Pacotão mantém fama de bloco mais politizado de Brasília

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Os anos passam, os governos mudam e, em todo fevereiro, é a mesma história: o Pacotão – bloco carnavalesco mais politizado de Brasília – apresenta, com muito humor, suas críticas a tudo e a nada.

Neste ano, em meio a um otimismo maior com a política do país, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, o tom crítico foi um pouco diferente das edições anteriores, que tinham, em governos menos populares ou mesmo na ditadura militar, ambiente fértil para a criatividade dos foliões.

A fama de bloco politizado ultrapassa as divisas do Distrito Federal, chegando, inclusive, a um dos pontos mais longínquos do país: a Amapá – terra do padeiro e fotógrafo André Ribeiro, 28. Vivendo há dois anos em Brasília, Ribeiro testemunhava, pela primeira vez, a “tão falada irreverência do Pacotão”.

Carnaval é democracia

“A liberdade de expressão é a essência tanto do carnaval como da democracia. Neles, todos podem se manifestar. O pacotão é para todos e respeita todos os públicos porque é democrático e a favor do debate. É um ambiente livre”, disse o folião.

Segundo Ribeiro, o carnaval de 2023 “carrega uma alegria represada após dois anos de pandemia e quatro anos de um governo que repreendeu muito esse tipo de liberdade”.

Brasília (DF), 21/02/2023 - O foliā Bruno Corrêa pula carnaval de rua animado pelo Bloco Pacotāo em Brasília. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil Brasília (DF), 21/02/2023 - O foliā Bruno Corrêa pula carnaval de rua animado pelo Bloco Pacotāo em Brasília. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Brasília (DF), 21/02/2023 – O foliāo Bruno Corrêa pula carnaval de rua animado pelo Bloco Pacotāo em Brasília. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil – Antonio Cruz/Agência Brasil

“A diferença é que, agora, estamos otimistas pelo momento importante, de volta da esperança e da democracia para o país. Nossa felicidade estava represada. A gente realmente precisava voltar a sentir isso. Mais do que bebida e confraternização, esse carnaval representa um respiro”, acrescentou.

Vilões da história

Entre as fantasias mais engraçadas, estava a do inusitado casal Dick Vigarista e Penélope Charmosa, personagens do desenho animado A Corrida Maluca. Por trás do vilão da história estava o servidor público Bruno Correa, 52.

“Todo ano, o critério que uso para a escolha da fantasia é a criatividade. No último Pacotão eu vim fantasiado de trator do Cid Gomes”, disse Correa referindo-se ao caso em que o senador subiu em uma retroescavadeira para enfrentar policiais militares em greve no Ceará, em fevereiro de 2020.

“Gosto do Pacotão exatamente pela ironia e crítica inteligente aos vilões de nossa política. O Pacotão é simplesmente isso: é lúdico, filosófico e carnavalesco”, complementou.

Dinheiro e diversão

Vestido de homem Aranha e carregando um cartaz com a mensagem “Mary Jane [namorada do personagem] está grávida. Socorro!!!”, Pedro Amorim, 21, apelava, aos foliões, que comprassem, dele, uma garrafinha de água a R$ 2.

Funcionário de uma financeira, Amorim explicou que, sempre que pode, aproveita o carnaval para fazer o mesmo que faz ao longo do ano: trabalhar.

Brasília (DF), 21/02/2023 - O foliā fantasiado de homem aranha, Pedro Henrique pula carnaval de rua animado pelo Bloco Pacotāo em Brasília. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil Brasília (DF), 21/02/2023 - O foliā fantasiado de homem aranha, Pedro Henrique pula carnaval de rua animado pelo Bloco Pacotāo em Brasília. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Brasília (DF), 21/02/2023 – O foliāo fantasiado de homem aranha, Pedro Henrique pula carnaval de rua animado pelo Bloco Pacotāo em Brasília. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil – Antonio Cruz/Agência Brasil

“A diferença é que, nos carnavais, aproveito a oportunidade de fazer dinheiro enquanto me divirto”, justificou.

A ideia da fantasia surgiu há alguns dias, quando a namorada disse estar passando mal. “Falei brincando que ela poderia estar grávida. Ao refletir sobre as dificuldades financeiras que uma gravidez acarretaria, surgiu a ideia da fantasia”.

Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Militar do Distrito Federal, no momento em que o bloco iniciou a caminhada pela via W3 havia pelo menos 8 mil foliões, e nenhum incidente havia sido registrado.

Edição: Claudia Felczak

Fonte: EBC Geral

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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