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Pacientes yanomami com alta médica levam dias para voltar a aldeias

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A volta às aldeias de pacientes yanomami que receberam alta médica em Boa Vista esbarra em restrições de capacidade logística. Alguns pacientes esperam, na capital de Roraima, até 15 dias para poder voltar às suas aldeias.

Os yanomami são atendidos em unidades da saúde da capital e no hospital de campanha montado para atender à emergência humanitária. Depois de receberem alta, ficam hospedados na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai), localizado na região norte de Boa Vista (ao lado do hospital de campanha), aguardando retorno à terra indígena.

Boa Vista (RR), 14/02/2023, O coordenador do Centro de Operações de Emergência - COE Yanomami, Hernane Guimarães, fala sobre a situação dos Yanomami. Boa Vista (RR), 14/02/2023, O coordenador do Centro de Operações de Emergência - COE Yanomami, Hernane Guimarães, fala sobre a situação dos Yanomami.

Coordenador do Centro de Operações de Emergência – COE Yanomami, Hernane Guimarães – Rovena Rosa/Agência Brasil

Segundo Hernane Guimarães, coordenador regional do Centro de Operações de Emergência (COE) Yanomami do Ministério da Saúde, desde o início da situação humanitária, o número de pacientes indígenas que chegam a Boa Vista aumentou muito.

Com isso, cresceu também a quantidade daqueles que recebem alta e ficam na Casai aguardando o retorno. De acordo com ele, o número de yanomami nessa situação varia de 40 a 70 a cada dia. No boletim da última quarta-feira (15), por exemplo, havia 62.

“A gente tem, por dia, em média de dez a 15 pacientes saindo da Casai. O paciente que está há mais tempo de alta na Casai tem 15 dias. Hoje 10% dos pacientes que estão acomodados na Casai estão de alta”, afirmou.

Guimarães conta que há dois problemas logísticos que atrapalham o processo de retorno: a quantidade de aviões disponíveis para o trabalho e as condições das pistas da terra indígena, que só permitem o pouso de aeronaves de pequeno porte.

“Na grande maioria [dos locais na terra indígena] para onde os aviões vão, eles só pousam com quatro pessoas. Se são 60 indígenas, precisaria de uns 15 aviões, mais ou menos, pra fazer isso [o retorno dos pacientes]. E a hora que a gente destina 15 aviões pra fazer isso, deixa de trocar a equipe de área [que trabalha nos postos de saúde na terra yanomami]”, afirmou, em entrevista à reportagem da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Segundo ele, se as pistas tivessem condições melhores, aviões de porte maior, como aqueles do Exército, poderiam ajudar nesse trabalho. “Se tivéssemos mais aporte [de aeronaves] e as pistas estivessem em condições de pousar aviões maiores, para poder levar esses pacientes em maior quantidade, isso daria uma diminuição [da fila de espera para retorno]”.

Edição: Kelly Oliveira

Fonte: EBC Geral

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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