O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (21) que o novo arcabouço fiscal será aprovado pelo Congresso Nacional, mas deve passar por mudanças. A medida vai substituir o teto de gastos, que limita o crescimento das despesas à inflação do ano anterior.
Ele afirmou que o texto agradou maioria do Senado, mas, se for necessário, podem ocorrer “eventuais mudanças para melhorar” o projeto.
Pacheco também voltou a cobrar queda na taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano, maior patamar desde novembro de 2016. O senador classificou a taxa de juros como “muito elevada”.
“Mesmo com a autonomia [do Banco Central] , o que nós pedimos é a sensibilidade do momento e a sensibilidade política. Espero que o desfecho disso em algum momento seja o encaminhamento da redução da taxa de juros”, disse.
Segundo ele, essa é a percepção do Congresso Nacional e “da própria sociedade”.
Durante evento em Londres na quinta-feira (20), Pacheco pediu diretamente ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, que reduza os juros para que o Brasil volte a crescer.
“A inflação, meu caro Roberto Campos Neto, (está) contida, inclusive com viés de queda. A nossa moeda (está) estável. Agora, nós precisamos (fazer) crescer o Brasil. E nós não conseguiremos crescer o Brasil com a taxa de juros a 13,75%”, afirmou Pacheco na ocasião.
Campos Neto rebateu as críticas e disse seguir “timing técnico” , não político.