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MATO GROSSO

Outubro Rosa: O primeiro e mais importante passo de uma mulher é cuidar de si para depois cuidar do próximo

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Certo dia uma mulher decide prestar atenção em si, e lembra de fazer o toque em suas mamas. Ao se tocar, sente um pequeno caroço no seio esquerdo. Na hora, acredita que não é nada sério e deixa de lado a situação.

A maioria das histórias sobre os casos de câncer de mama são relatados desta forma, porém essa é uma realidade que podemos mudar a cada dia, ano após ano. O mês de outubro veio com a proposta de fazer as mulheres se informarem mais sobre o assunto, se conscientizarem e buscar apoio para o que ocorre a nossa volta.

Nós, mulheres, temos por natureza o cuidado pelo próximo, e, na maioria das vezes, nos deixamos de lado. Isso ocorre de forma involuntária. Pensamos sempre que podemos ficar para depois, atrasamos nossos exames de rotina, ‘exclusivamente’ porque existem outras prioridades. Precisamos mudar esse pensamento e cuidar um pouco mais de nós.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), um a cada três casos da doença pode ser curado se for diagnosticado logo no início, então deixo um alerta para a importância de participarem das campanhas de conscientização como as que ocorrem todos os anos, ou fazer os exames de rotina uma vez ao ano.

Os dados apontam que o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. No Brasil e no mundo, pelo menos 25% dos novos casos de câncer, a cada ano, são desse tipo. Um alerta importante: o câncer de mama geralmente é assintomático. São tumores que demoram a dar sinais e o tratamento depende do estágio da doença.

Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2023, pelo menos 73.610 mulheres no Brasil receberão o diagnóstico de câncer de mama. Em casos precoces, a chance de cura é de 95%, e em estágios avançados é de 5%.

Como é de conhecimento público, já enfrentei dois tipos de câncer: de pele e de pâncreas. Hoje tenho apenas 40% do pâncreas. Acredito que o diagnóstico precoce foi o sucesso do meu tratamento. Ainda vivo sob cuidados, e estou aqui para dar forças e encorajar quem está em tratamento.

Eu sei o que é ter câncer. O tratamento é necessário, mas o mais importante é a rede de apoio, o carinho, a atenção e o cuidado da família. A orações que recebi e recebo sempre são a minha força. Deus em primeiro lugar, mas todo este amor é uma força poderosa que auxilia na cura.

Em Mato Grosso, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), todos os anos mobiliza campanhas, além dos atendimentos que ocorrem durante todos os meses com mutirões e as ações realizadas nos municípios.

Como mulher, primeira-dama do Estado e madrinha da Campanha Outubro Rosa 2023, me sinto ainda mais responsável em fazer um alerta a todas as mulheres para que busquem atendimento. É a melhor forma de continuar cuidando das pessoas que amamos. Mas é preciso, antes de tudo, cuidar de si.

Virginia Mendes é economista e primeira-dama de MT.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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