O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou nesta terça-feira (28) que a Ucrânia se tornará membro da aliança militar “a longo prazo”. A declaração foi uma resposta ao pedido de adesão de Kiev durante a invasão da Rússia .
A possível entrada da Ucrânia na Otan foi uma das justificativas para a Rússia invadir o país no dia 24 de fevereiro de 2022.
“Os países da Otan concordam que a Ucrânia se torne membro da aliança, mas, ao mesmo tempo, é uma perspectiva de longo prazo. A questão agora é garantir que a Ucrânia continue sendo uma nação independente e soberana e, para isso, temos que apoiá-la. A guerra do presidente Putin na Ucrânia continua, e não há sinal de que ele vá mudar seus planos. Quer controlar a Ucrânia e não está se preparando para a paz, mas para mais guerra”, disse Stoltenberg durante visita à Finlândia, país candidato a adesão.
Um ano de guerra
Há quatro dias, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia completou um ano . O conflito deixou 42,2 mil mortos, 56,7 mil feridos e outros 15 mil desaparecidos, segundo dados da Agência Reuters. Em compensação, Kiev conseguiu evitar o domínio russo sobre suas terras e, agora, mantém a disputa pela região de Donbass, tomada pelo Exército de Putin .
Desde o início da guerra, centenas de sanções foram aplicadas à Rússia pelos Estados Unidos e União Europeia. Além do fechamento do espaço aéreo, os blocos proibiram empréstimos de bancos aos russos e excluíram instituições financeiras do sistema bancário internacional, encerraram as operações do Banco Central Russo nos países e bloquearam as transmissões de mídias russas.
Houve também sanções financeiras, como congelamento de depósitos bancários, imóveis, suspensão de acordos comerciais, financiamentos em pesquisas, suspensão de financiamento do programa aeroespacial russo e até tentativas de tirar a Rússia do Conselho de Segurança da ONU.
As medidas, porém, não surtiram o efeito esperado e Putin manteve os ataques.
Atualmente, a Ucrânia, tenta buscar apoio do Ocidente para armamentos, tanques e aviões militares para compor sua tropa. Estados Unidos e Alemanha já enviaram tanques ao governo de Zelensky , enquanto a Polônia colabora com o treinamento dos soldados ucranianos.
O presidente norte-americano, Joe Biden, em visita surpresa à Kiev, anunciou um pacote de US$ 500 milhões em ajuda militar à Ucrânia.