Conforme informado pelo comandante-geral da Otan na Europa, o general Christopher Cavoli, os militares participarão de uma série de exercícios conjuntos para simular um “ataque russo”.
Os exercícios têm previsão para começar na semana que vem e devem continuar até meados de maio, segundo o comandante. Soldados da Suécia também participarão, ainda que o país não faça parte da aliança.
“A aliança vai demonstrar sua habilidade para reforçar a região do Atlântico e da Europa com um movimento transatlântico de forças”, afirmou Cavoli.
Neste ano, as tropas simularão uma invasão russa a um dos países membros. Em um dos atos, os militares treinarão um deslocamento rápido para a Polônia, país membro da Otan e vizinha da Ucrânia.
Em outro treinamento, os soldados irão aos países que fazem fronteira com a Rússia, como a Noruega e os países bálticos — Letônia e a Lituânia —, que também integram a Otan.
De acordo com a Otan, serão mobilizados mais de 1.200 veículos de combate:
Ao menos 50 navios, de porta-aviões a destróieres;
Mais de 80 caças, helicópteros e drones;
Pelo menos 1.100 veículos de combate, incluindo 133 tanques e 533 veículos de combate de infantaria.
A grande mobilização da Otan ocorre no momento em que a Rússia intensifica ataques aéreos a grandes cidades na Ucrânia, com o objetivo de mostrar força após meses sem conseguir avançar nas linhas de frente de batalha. Atualmente, 20% do território ucraniano está sob o controle de militares russos, em áreas no leste e no sul do país.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.