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Oriente Médio, Ucrânia e Àfrica: mundo tem 114 milhões de refugiados

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Jiro Ose/Unicef
Crianças do Sudão do Sul refugiadas em Uganda

Com conflitos no Oriente Médio, na Àfrica e a guerra entre Rússia e Ucrânia, o número de refugiados chegou a 114 milhões até setembro de 2023, segundo o Relatório de Tendências Semestrais da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

Segundo o documento, a Guerra na Ucrânia, que já dura 1 ano e 8 meses e ter deixado mais de 200 mil pessoas mortas, os conflitos no Sudão, além da República Democrática do Congo e Mianmar, a crise humanitária no Afeganistão e eventos climáticos na Somália, foram os responsáveis pelo deslocamento forçado neste primeiro semestre.

No ano passado, foram contabilizados 111,6 milhões de refugiados. Segundo o relatório, mais da metade das pessoas foram forçadas a deixarem seus países por guerra, perseguição, violência ou violações dos direitos humanos.

De acordo com a Acnur, é esperado que 404 mil refugiados retornem aos seus países de nascimento mesmo com o aumento do deslocamento.


Israel e Hamas

A previsão do órgão é que o número de refugiados cresça até o final deste ano devido ao conflito entre Israel e Hamas, iniciado dia 7 de outubro . O confronto já deixou aproximadamente 10 mil pessoas mortas. O Ministério da Saúde palestino já contabiliza mais de 8,5 mil mortos desde o início da guerra. Além disso, a pasta registra mais de 20 mil feridos. Entre os israelenses, são 1,4 mil mortos e 5,4 mil feridos.

De acordo com a Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa), 6 milhões de pessoas dependem dos serviços do órgão na Faixa de Gaza e da Cisjordânia.

Refúgio no Brasil

No Brasil, um levantamento realizado pela Federação Árabe-Palestina do Brasil (Fepal) mostra que 60 mil imigrantes e refugiados palestinos, incluindo os descendentes, vivem no país. A maioria está em São Paulo.

Desde o início dos conflitos entre Israel e Hamas , um grupo de 30 brasileiros de Gaza aguarda para ser repatriado. Eles esperam pela abertura da fronteira com o Egito, para que possam retornar ao país na aeronave presidencial que os aguarda em Cairo, capital egípcia.

Em 2022, foram feitas 50.355 solicitações da condição de refugiado, provenientes de 139 países. As principais nacionalidades solicitantes no ano passado foram venezuelanas (67%), cubanas (10,9%) e angolanas (6,8%), segundo a Acnur.


Fonte: Nacional

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