O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, manifestou nesta sexta-feira (19) preocupação com o “perigoso ciclo de retaliações no Oriente Médio” e apelou à comunidade internacional para que se trabalhe em conjunto para evitar consequências devastadoras para toda a região.
A declaração de Guterres foi feita por meio das redes sociais, onde condenou veementemente qualquer ato de retaliação e enfatizou a importância de evitar desenvolvimentos adicionais que possam agravar ainda mais a situação na região.
O apelo do secretário-geral da ONU surge em um momento de escalada de tensões entre Israel e Irã.
Nesta sexta-feira, foi registrado um ataque aéreo de Israel na região central do Irã, como resposta aos ataques realizados pelo governo iraniano no último sábado (13), segundo fontes de jornalistas dos Estados Unidos. Porém, uma agência de notícias iraniana negou a informação.
O Irã lançou mais de 200 drones e mísseis em direção à região de Israel como retaliação por um ataque anterior dos israelenses que resultou na morte de oficiais na embaixada iraniana na Síria no início de abril.
Além dos ataques aéreos, hoje também ocorreu um incidente na embaixada do Irã em Paris, na França. Um homem foi preso ao entrar sem permissão no local, levantando suspeitas de que estivesse portando uma bomba.
No entanto, após uma revista, verificou-se que ele não tinha nenhum artefato perigoso consigo.
O Irã comunicou anteriormente que responderia a qualquer ataque de Israel, o que levanta preocupações sobre a escalada do conflito na região. As recentes trocas de ataques aumentam a tensão entre os dois países, e resta saber qual será a reação subsequente diante dos últimos acontecimentos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.