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Política Nacional

Opinião: Lula craque do jogo e Lira humilhado

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Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira , e o presidente Lula
José Cruz/Agência Brasil – 09.11.2022

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira , e o presidente Lula

Lula (PT) mostrou na última quarta-feira (31) porque é considerado por muitos o maior político da história do Brasil. Atropelou o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressista), e aprovou a MP que reorganiza os ministérios sem passar pelo crivo do parlamentar.

Lira se acostumou a uma relação construída na base da chantagem com o antecessor Jair Bolsonaro (PL). Nos cinco primeiros meses de governo Lula tentou fazer o mesmo e se aproveitou que o presidente bateu recorde de viagens internacionais para colocar a administração contra a parede.

Mas Lula não é Bolsonaro e jamais aceitaria virar um presidente decorativo para o Congresso. Focado, ele passou por cima de Lira e foi direto às fontes de negociação: os próprios parlamentares. Aprovou a MP com diálogo e com as contrapartidas que o presidencialismo de coalizão exige, mas sem contar com o ex-chefão do Orçamento Secreto.

Se um dia antes, o governo estava emparedado, agora o jogo virou. Lula mostrou uma capacidade de articulação rara e deixou o presidente da Câmara com as calças nas mãos. Se o governo não precisa de Lira para negociar os projetos junto aos deputados, precisa para quê?

O dia começou cheio de nuvens, raios e trovões para a presidência, mas terminou brilhando num belo raio de sol. Já Lira, que viu seu poder diminuir desde janeiro, agora parece notar que a barganha é diferente e terá de se reagrupar.

Para ele, o melhor é falar a língua do PT e permanecer no grupo, afinal o próximo passo é ser descartado. Lembrando que daqui dois anos, o deputado sai da cadeira da presidência e pode ser esquecido se não estiver na base governista.

Lula deu um nó tático em Lira, que precisa agir. Dizer que é xeque-mate ainda é cedo. Mas o movimento do presidente foi de fazer inveja ao melhor enxadrista.

Fonte: Política Nacional

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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