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MATO GROSSO

Operação integrada resulta na redução de 12% da área atingida pelo fogo no Pantanal mato-grossense

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A operação integrada de combate aos incêndios florestais resultou na redução de 12% da área atingida no Pantanal mato-grossense em setembro deste ano, em comparação com a média histórica para o mesmo período entre 2012 e 2024. Os dados são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

“Mesmo diante desse cenário desafiador, com temperaturas recordes e umidade crítica, o Pantanal queimou menos neste mês de setembro em comparação com a média dos anos anteriores. O trabalho incansável de nossas equipes têm gerado resultados que merecem ser reconhecidos. Essa redução significativa em relação à média histórica é prova do compromisso, organização e eficácia de nossas ações de combate”, afirmou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Flávio Glêdson.

Segundo o LASA, o Pantanal de Mato Grosso teve 141.200 hectares atingidos entre 1º e 18 de setembro, abaixo da média histórica de 160.308 hectares para o mesmo período entre 2012 e 2024. Anualmente, este mês registra um aumento significativo no número de incêndios florestais, em razão das condições de extrema seca que afetam o bioma.

A operação, que completa 100 dias na próxima segunda-feira (23.09), conta com um planejamento estratégico, resposta rápida e coordenada aos incêndios, com o empenho diário de centenas de bombeiros, máquinas, viaturas, aviões, barcos e o uso de satélites para monitoramento dos focos de incêndio. 2012

Além do Corpo de Bombeiros, as ações de combate aos incêndios no Pantanal contam com as Secretarias de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) e Meio Ambiente (Sema), Defesa Civil do Estado, Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, Marinha do Brasil e Sesc Pantanal.

“Este bioma está resistindo, e isso é reflexo do trabalho árduo e dedicado de todos os envolvidos. Continuaremos protegendo esse bioma, enfrentando o fogo com todas as forças disponíveis, sem descanso, até que o último foco seja eliminado”, disse o coronel Glêdson.

Além do empenho dos bombeiros militares, a operação tem promovido campanhas de conscientização e orientação para a população que transita pela rodovia Transpantaneira, visando a prevenir incêndios e a enfatizar a importância da preservação ambiental.

Crime ambiental

O uso irregular do fogo é crime, conforme prevê a Lei Federal de Crimes Ambientais e, neste ano, 17 pessoas já foram presas em 13 municípios pelas forças de segurança do Estado. Além disso, somente neste ano o Governo de Mato Grosso já aplicou mais de R$ 80 milhões em multas.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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