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MATO GROSSO

Operação integrada apreende 19kg de cocaína em ônibus e gera prejuízo de R$ 475 mil ao crime organizado

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Uma ação integrada do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizada no final da tarde desta quinta-feira (05.09), levou à apreensão de 19 kg de cocaína dentro de um ônibus de transporte de passageiros, em Cáceres (225 km de Cuiabá). O prejuízo causado ao crime organizado é de R$ 475 mil.

O veículo, que saiu de Porto Velho (RO) e seguiria para Colatina (ES), foi parado no posto da PRF de Cáceres, na BR-070, a 1.245 quilômetros do ponto de partida.

Com a ajuda da cadela Aika, do Gefron, a droga foi encontrada escondida em compartimentos secretos, intencionalmente feitos em pranchas de madeira empregadas na fabricação de duas mesas de centro. Aika, de acordo com os policiais, fez “revista” em todas as malas, sacolas e outras bagagens, mas só parou nas mesas de madeira – o que sinalizava para a presença de entorpecente.

Ninguém foi preso nessa ação porque motorista, em depoimento aos policiais, mostrou que não havia passageiro responsável. O destino final da droga não seria a cidade de Colatina. Despachadas no ônibus como encomenda, as duas mesas seguiriam viagem para uma cidade do Rio Grande do Norte.

Todo o material apreendido, incluindo as mesas, notas fiscais e a droga, foram encaminhados para a Delegacia Especializada de Fronteira (Defron) em Cáceres.

Essa ação faz parte da ‘Operação Protetor das Fronteiras e Divisas’, realizada pelo Gefron-MT, Exército Brasileiro, Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Agência Brasileira de Investigação (ABIN), Polícia Federal, a PRF, a PMMT e entre outros órgãos.

A comunidade pode contribuir pelo Disque Denúncia do Gefron 08006461402 ou pelo WhatsApp e ligações (65) 99668-7655.

*Sob supervisão de Alecy Alves

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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