A Polícia Civil, por meio da Delegacia da Polícia Civil de Apiacás, cumpriu mandados de buscas pela Operação Preço Fatal, nesta quinta-feira (28.11), contra o mandante e o executor de um homicídio ocorrido no mês de agosto deste ano.
Jaeckson Martins da Silva, de 40 anos, foi morto quando estava em um bar, na noite de 22 de agosto. A investigação apontou que a vítima foi executada porque teria discutido com o mandante do crime em ocasião anterior e, supostamente, o ameaçado.
A operação foi realizada para apreender objetos relacionados ao homicídio, como a motocicleta e a arma utilizadas pelo executor do crime. Durante o cumprimento das buscas, o mandante do crime foi detido em flagrante pelo crime de posse ilegal de arma de fogo.
Investigação
Análises realizadas pela equipe de investigação nas imagens de câmeras de segurança de um bar próximo onde ocorreu o crime mostraram o executor chegando ao local em uma moto Bros Vermelha, usando uma roupa com adesivos reflexivos. Testemunhas ouvidas também descreveram a vestimenta. As informações foram fundamentais para auxiliar no esclarecimento da ação criminosa.
Durante as investigações, testemunhas afirmaram que no dia do crime, mais cedo, a vítima foi vista com outra pessoa, bebendo em uma chácara. A Delegacia de Apiacás apurou que a pessoa vista com Jaeckson era o mandante do homicídio, pessoa que foi identificada depois como a mesma que foi vista passando de carro, em frente ao bar onde estava o executor do homicídio e que parou para conversar com ele.
Ouvido na Delegacia de Apiacás durante a investigação, o mandante do crime alegou, inicialmente, que possuía uma motocicleta Bros vermelha, informação que alertou os policiais, pois o veículo era semelhante ao mesmo usado pelo executor do crime.
Diante dos indícios reunidos, a Delegacia de Apiacás deflagrou a operação para apreender a motocicleta e a arma utilizada no crime, que estavam em posse do mandante do crime.
Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidas uma pistola e um revólver, munições e a motocicleta Honda Bros. O mandante do crime confessou o crime e disse que pagou R$ 3.000 para o executor, alegado que havia discutido com Jaeckson na ocasião e que a vítima teria ameaçado.
O executor de Jaeckson foi preso anteriormente, em razão de participação em outro homicídio, o de Joele Pereira dos Santos, 34 anos, morta em setembro, também em Apiacás.
O mandante do crime foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. A delegada responsável pelo caso, Paula Barbosa, encaminhou nesta quinta-feira a representação pela prisão preventiva do mandante do crime.
Em uma ação inédita no Brasil, o Instituto de Pesos e Medidas de Mato Grosso (Ipem-MT) identificou irregularidades na potência declarada de placas solares comercializadas no Estado. Após uma denúncia anônima, a equipe de fiscalização fez a coleta de amostras e enviou para o Rio de Janeiro para a realização de ensaios laboratoriais em amostras de diferentes marcas de módulos fotovoltaicos.
Um dos modelos avaliados, o TSun 560 W, foi reprovado por apresentar uma potência muito inferior à anunciada pelo fabricante, configurando prejuízo direto ao consumidor.
Essa é a primeira autuação no país envolvendo discrepâncias entre a potência declarada e a efetivamente entregue por placas solares. Segundo o coordenador de Fiscalização e Qualidade do Ipem/MT, Renê Rodrigues, a iniciativa tem o objetivo de garantir a qualidade dos produtos no mercado de energia solar e proteger tanto os consumidores quanto as empresas que atuam de forma ética no setor.
A fiscalização faz parte de uma operação maior, que também abrange os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás, e busca verificar a conformidade das placas solares fotovoltaicas comercializadas no Brasil.
“Mais do que proteger o consumidor, esta ação beneficia empresas que cumprem as normas, impedindo que outras obtenham vantagens econômicas ao comercializar produtos fora dos padrões exigidos”, explicou Rodrigues.
Desde a publicação da Portaria Inmetro nº 140/2021, os equipamentos destinados a instalações fotovoltaicas estão sujeitos ao Regulamento Técnico da Qualidade, que estabelece requisitos de avaliação e conformidade. Além disso, a norma exige que os equipamentos possuam a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), garantindo ao consumidor acesso às informações sobre potência e eficiência do produto.
Em 2023, o Inmetro reforçou essas regras por meio da Portaria nº 515, que incluiu novos critérios de segurança para prevenir incêndios e garantir o funcionamento adequado dos equipamentos. A intensificação das fiscalizações busca assegurar que os produtos disponíveis no mercado estejam dentro das especificações anunciadas pelos fabricantes.
O revendedor da placa solar reprovada foi notificado e terá prazo para apresentar sua defesa. Em caso de descumprimento das normas, as sanções podem incluir multas e a retirada do produto do mercado.
“A energia solar tem se consolidado como uma alternativa sustentável e econômica, mas exige cuidados na escolha dos equipamentos. O Ipem-MT reforça a importância de verificar se os módulos fotovoltaicos possuem a certificação do Inmetro e atendem aos padrões estabelecidos”, reforçou Renê Rodrigues.