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POLÍCIA

Operação Cruciatus cumpre quatro mandados de busca contra traficantes envolvidos em crime de tortura

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A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (03.12), em Alto Taquari, a segunda fase da Operação Cruciatus, para cumprimento de mandados de busca e apreensão domiciliar para desarticular uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas.

Foram cumpridas quatro ordens judiciais em endereços administrados pela organização criminosa para comercialização de entorpecentes. Um suspeito, de 21 anos, foi preso em flagrante por tráfico de drogas.

Ao todo, os policiais civis apreenderam 105 porções de entorpecentes, entre pasta base de cocaína e cocaína, mais de R$ 2,6 mil em dinheiro trocado, munições, diversos cartões bancários com diferentes nomes e outros objetos.

Conforme a Delegacia de Alto Taquari, as diligências iniciaram após registros de crime de tortura, praticado a mando da facção, contra usuários e pessoas consideradas infratoras pela facção.

Um dos crimes aconteceu em outubro desse ano. Por dívida de drogas, uma adolescente foi mantida em cárcere privado por dois homens. A vítima do “salve” conseguiu fugir e acionar a Polícia Militar.

Ainda na ocasião, um dos envolvidos foi preso em flagrante como executor do crime. Contudo, as investigações continuaram e os policiais civis identificaram o mandante do “salve”, responsável por administrar os pontos de venda de droga.

Diante dos indícios, foi representado pelo mandado de busca e apreensão domiciliar, tendo como alvo quatro locais onde funcionava o tráfico, e as ordens foram deferidas pela Justiça.

Após cumprimento da apreensão do entorpecente e da prisão em flagrante, o suspeito de 21 anos foi conduzido até a delegacia, interrogado e autuado por tráfico de drogas e posse ilegal de munição.

As investigações continuam visando identificar outros envolvidos nos crimes de tortura ocorridos na região do município de Alto Taquari.

Operação Cruciatus – Parte 1

A primeira fase da operação foi deflagrada pela Polícia Civil em Alto Taquari, no mês de abril deste ano, e resultou na prisão de quatro investigados pelo crime dessa natureza.

Fonte: Policia Civil MT – MT

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POLÍCIA

Braço direito de WT abriu empresa de fachada para lavar dinheiro do tráfico

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Investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil identificaram que Andrew Nickolas Marques dos Santos, um dos braços direitos de Paulo Witer Faria Paelo, abriu uma empresa de fachada exclusivamente para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas em Cuiabá.

Andrew e Paulo Witer, tesoureiro de uma facção criminosa conhecido como WT, foram alvos da Operação Fair Play, deflagrada pela GCCO no dia 27 de novembro.

A empresa A.N.M. Dos Santos, que seria um centro automotivo, foi aberta em 2017 e declarou capital de R$ 800 mil. Contudo, as investigações apontaram sinais de alerta nas transações financeiras da empresa.

Além de movimentações de centenas de reais em espécie, realizadas por clientes que normalmente utilizam cheques e cartões de crédito, foram identificados depósitos feitos de forma fracionada.

De acordo com o delegado Rafael Scatolon, responsável pelas investigações, o uso do dinheiro em papel sugere uma possível tentativa de evitar rastreamento do dinheiro, que tem origem no tráfico ilícito de drogas.

“As investigações sugerem que a forma, o valor e a frequência das transações buscavam esconder a origem e o destino dos recursos, assim como os responsáveis ou destinatários finais. Além disso, foi identificada uma incompatibilidade entre os valores movimentados e o faturamento das empresas, indicando inconsistências econômicas”, afirma.

As diligências da GCCO também apontaram que algumas das pessoas que fizeram transações financeiras com a empresa A.N.M. Dos Santos já são conhecidas da Polícia Civil, tendo sido alvos da Operação Apito Final, deflagrada em abril deste ano contra Paulo Witer e outros 24 investigados por um esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.

Imóvel em SC

A empresa de Andrew Nickolas também foi identificada como responsável por parte do pagamento para a compra de um apartamento em Itapema, no litoral de Santa Catarina. O imóvel, avaliado hoje em R$ 1 milhão, foi adquirido por R$ 750 mil, transferidos em mais de 280 depósitos bancários.

Segundo as investigações, a pessoa jurídica de Andrew depositou R$ 50 mil, via pix, para um dos proprietários do imóvel, e transferiu outros R$ 34,3 mil, em valores fracionados.

O delegado titular da GCCO, Gustavo Belão, afirma que as investigações deixam claro que o objetivo da empresa de Andrew Nickolas é a lavagem de dinheiro para o tráfico de drogas, e que a Gerência de Combate ao Crime Organizado tem atuado para descapitalizar as organizações criminosas.

“A GCCO adota como premissa fundamental em suas investigações a asfixia financeira das organizações criminosas, por compreender que este é o método mais eficaz para o enfrentamento das facções que atuam no estado. Nos últimos dois anos, a unidade tem intensificado e aperfeiçoado a realização de investigações financeiras de alta complexidade, com foco na descapitalização dessas organizações. Como resultado desse trabalho especializado, já foram sequestrados mais de R$ 35 milhões em bens e ativos vinculados a atividades ilícitas, representando um importante avanço no combate ao crime organizado”, ressalta.

Operação Fair Play

Deflagrada na última quarta-feira (27.11), a Operação Fair Play é um desdobramento da Operação Apito Final, que investigou um esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de bens criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá.

Ambas as operações têm como alvo principal Paulo Witer, o WT, tesoureiro de uma facção criminosa. Ele está preso desde a operação de abril deste ano.

A operação Fair Play cumpriu 19 mandados judiciais, sendo 11 de prisões e 8 de buscas. Também foram decretadas suspensões de atividades econômicas, sequestros de veículos e bloqueios de bens.

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Fonte: Policia Civil MT – MT

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