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MATO GROSSO

Operação Carbono cumpre oito mandados judiciais contra autores de homicídio brutal

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A Delegacia de São José dos Quatro Marcos deflagrou, na manhã desta sexta-feira (09.08), a Operação Carbono para cumprir oito ordens judiciais, entre prisões e buscas, contra alvos investigados por um bárbaro homicídio ocorrido no mês de julho. Os alvos são moradores das cidades de Araputanga e São José do Quatro Marcos.

Conforme as investigações policiais, o grupo foi responsável pelo homicídio de Jefferson Guidini da Silva, de 24 anos, cujo corpo foi encontrado carbonizado, no porta-malas do próprio veículo, em uma estrada rural entre os dois municípios, no dia 12 de julho.

Carro onde a vítima foi encontrada carbonizada

As investigações, coordenadas pela Delegacia de São José dos Quatro Marcos, indicaram que a vítima foi sequestrada, junto com sua esposa e a filha de um ano, por integrantes de uma facção criminosa. Depois, os criminosos torturaram Jefferson por horas e o assassinaram, ateando em seguida fogo ao corpo na intenção de dificultar as investigações.

A Polícia Civil apurou que a vítima teve a morte decretada porque teria vendido entorpecentes sem a “permissão” do grupo criminoso.

O cumprimento dos mandados de buscas e prisões contaram com apoio de equipes das Delegacias de Mirassol d’Oeste, Araputanga, Rio Branco e Porto Esperidião.

O delegado de São José dos Quatro Marcos, Thiago de Souza Meira agradeceu o empenho da equipe policial, além da manifestação célere do Ministério Público e a decisão do Poder Judiciário local.

“O crime praticado pelos investigados causou grande perplexidade e temor social, necessitando de resposta na mesma proporção. Por isso é importante ação rápida, mas sem desprezo às exigências legais”.

Uma equipe da Politec também realizou perícia nos locais indicados pela investigação para coleta de possíveis outras provas que serão anexadas ao inquérito policial.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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