Os atuais compromissos dos países para limitar as mudanças climáticas ainda assim colocarão o mundo em um caminho de ficar mais quente em quase 3º graus Celsius (ºC) neste século, de acordo com uma análise da ONU (Organização das Nações Unidas) publicada nesta segunda-feira (20), em Londres.
O relatório anual sobre a Lacuna de Emissões – que avalia os compromissos das nações no combate às mudanças climáticas comparados com a necessidade do planeta – descobriu que o mundo terá entre 2,5ºC e 2,9ºC de aquecimento acima do período pré-industrial se os governos não acelerarem as ações em relação ao clima.
Se houver aquecimento de 3ºC, cientistas preveem que o mundo pode ultrapassar vários pontos catastróficos sem volta, com o derretimento dos lençóis de gelo e a seca da Floresta Amazônica.
Tendências
“As tendências atuais estão levando nosso planeta a um aumento de temperatura de 3°C”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres. “A lacuna de emissões está mais como um desfiladeiro de emissões,”, acentuou.
Os líderes mundiais se reunirão em breve, em Dubai, para o encontro anual de clima da ONU, a COP28, com o objetivo de manter viva a meta estabelecida no Acordo de Paris, de aumento de 1,5ºC.
Mas o novo relatório da ONU traz poucas boas notícias. As emissões precisam cair 42% até 2030 para manter o aquecimento dentro de 1,5 grau estipulado no acordo. Mesmo no cenário mais otimista, a chance de atingir o objetivo é de apenas 14%.
As emissões de gás causadoras do efeito estufa subiram 1,2% entre 2021 e 2022, para um recorde equivalente a 57,4 gigatoneladas de dióxido de carbono.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.