O Secretário-geral da ONU, António Guterres, divulgou um comunicado em que faz pedidos para os dois lados do conflito, Israel e Hamas, em um apelo para poupar vidas humanas.
“Nesse dramático momento em que estamos na beira do abismo no Oriente-Médio, é o meu papel como Secretário Geral das Nações Unidas fazer dois fortes apelos humanitários. Ao Hamas, os reféns devem ser libertados imediatamente sem condições . À Israel, deve ser garantido acesso rápido e desimpedido para ajuda humanitária e trabalhadores, pelo bem dos civis em Gaza”, apelou.
Guterres relembrou as dificuldades vividas pela população local e que há ajuda muito perto, mas sem a possibilidade dela chegar aos civis.
“Gaza está ficando sem água, eletricidade e outros suprimentos essenciais. As Nações Unidas têm à disposição estoques de comida, água, itens não alimentícios, suprimentos médicos e combustíveis, tudo localizado no Egito, Jordânia, fronteira Oeste e Israel. Esses artigos podem ser despachados em horas. Para assegurar a entrega, nosso staff altruístico, junto com as ONGs parceiras, precisam ser capazes de levar esses suprimentos para e por Gaza com segurança, sem nenhum impedimento de levá-los a quem tem necessidade”.
“Qualquer um desses dois objetivos são válidos por si só. Eles não deveriam ser usados como moeda de barganha e precisam ser implementados, pois é a coisa certa a se fazer”, completou Guterres.
O número de mortos na guerra entre Israel e o grupo palestino armado Hamas já passa dos 3.700 neste domingo (15). Ao todo, são 1.400 israelenses mortos, segundo autoridades de Israel, e 2.329 palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde palestino. Os feridos somam pelo menos 13 mil pessoas desde o início do conflito, sendo 3.400 israelenses e cerca de 9.714 em Gaza.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.