O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos informou, na última segunda-feira (10), que o número de civis mortos em decorrência da guerra na Ucrânia chegou a 8.490 desd eo início do conflito.
O órgão da ONU destacou ainda que outras 14.244 civis ficaram feridos ao longo de mais de um ano de guerra entre russos e ucranianos. O conflito foi iniciado após uma invasão da Rússia no dia 24 de fevereiro de 2022.
Outro dado apresentado diz respeito ao período exato quando foram registrados os óbitos. De acordo com o ACNUDH, 6.596 das mortes aconteceram quando Luhansk, Donetsk, Zaporizhzhia, Odesa, Kherson e Kharviv, por exemplo, estavam controladas pela Ucrânia.
Já 1.894 das mortes aconteceram quando regiões como Kharkiv, Kherson, Kiev, Mykolaiv, Sumy e Zaporizhzhia estavam sob o controle do exército da Rússia.
Em relação ao perfil das pessoas que vieram a óbito, o levantamento dá conta de que foram 3.817 homens, 2.261 mulheres e 1.911 que não tiveram o sexo identificado entre os adultos. Entre as crianças, foram 265 meninos, 205 meninas e 31 que não tiveram o sexo identificado.
“O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos acredita que os números reais são consideravelmente maiores, já que o recebimento de informações de alguns locais onde intensas hostilidades estão ocorrendo foi atrasado e muitos relatórios ainda estão pendentes de corroboração. Isso diz respeito, por exemplo, a Mariupol (região de Donetsk), Lysychansk, Popasna e Sievierodonetsk (região de Luhansk), onde há alegações de numerosas vítimas civis”, ressaltou a ertente da ONU em comunicado .
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.