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MUNDO

ONU: mais de 20 mil bebês nasceram em Gaza desde o início do conflito

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Bebês envoltos em cobertores térmicos
Reprodução

Bebês envoltos em cobertores térmicos

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) informou em levantamento divulgado nesta sexta-feira (19) que, a cada dez minutos, um bebê nasce na Faixa de Gaza, palco da guerra entre Israel e Hamas. Estima-se que, desde o início do conflito em 7 de outubro, quase 20 mil crianças vieram ao mundo em meio a condições ‘inconcebíveis’, como afirmou o relatório.

“Virar mãe deveria ser um momento de celebração. Em Gaza, é uma nova criança nascendo no inferno”, disse a porta-voz da agência, Tess Ingram, aos jornalistas, em Genebra, por videoconferência. “Ver recém-nascidos sofrendo, enquanto algumas mães sangram, deveria tirar nosso sono.”

Até o momento, o conflito entre o Estado judeu e o Hamas, que controla o enclave palestino, já deixou 1,2 mil mortos em Israel. A ofensiva israelense, por sua vez, já resultou na morte de mais de 24 mil palestinos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do enclave.

De acordo com a pasta, mais da metade das vítimas (70%) são mulheres, crianças e adolescentes. Ainda não foi calculada a taxa de mortalidade infantil no enclave palestino mas, ainda assim, “é seguro dizer que as crianças estão morrendo agora por causa da crise humanitária no local, bem como por causa das bombas e balas.”

“As mães enfrentam desafios inimagináveis para acessar atendimento médico, nutrição e proteção adequados antes, durante e após o parto”, denunciou, acrescentando que a situação de mulheres grávidas e seus filhos é “inconcebível e exige ações imediatas”.

Ingram descreveu encontros “desoladores” com mulheres em meio ao conflito. Mashael, por exemplo, estava grávida quando sua casa foi atingida por um bombardeio. Seu marido ficou soterrado nos escombros por dias e seu bebê parou de se mexer.

“Ela diz que agora, um mês depois, tem certeza de que o bebê está morto, [mas] continua aguardando atendimento médico”, explicou a porta-voz, lembrando que Mashael teria dito que é melhor “um bebê não nascer neste pesadelo”.

A região da Faixa de Gaza vive uma crise na saúde. Unidades suspenderam boa parte de suas atividades, não há medicamentos para todos, nem água ou energia elétrica. Metade dos hospitais estão fora de serviço. De acordo com Ingram, o hospital dos Emirados Árabes Unidos, em Rafah, cidade no sul do enclave palestino, agora atende a grande maioria das grávidas de Gaza.

“A equipe, em condições saturadas e com recursos limitados, é obrigada a dar alta às mães três horas após uma cesariana. Essas condições colocam as mães em risco de abortos, natimortos, partos prematuros, mortalidade materna e trauma emocional”, explicou.

Segundo a agente, mulheres grávidas, lactantes e crianças vivem em “condições desumanas, até mesmo em abrigos improvisados, com nutrição deficiente e água insalubre”, e que a a situação coloca “cerca de 135 mil crianças menores de dois anos em risco de desnutrição grave”. Concluiu pedindo uma trégua no conflito:

“A humanidade não pode permitir que esta versão distorcida da normalidade persista por mais tempo. Mães e recém-nascidos precisam de um cessar-fogo humanitário.”

Na madrugada desta quinta-feira (18), uma remessa com 61 toneladas de ajuda humanitária entrou em Gaza. A medida se deu após a implementação de um acordo mediado por Catar e França, que autorizava o envio de medicamentos aos reféns do Hamas, em troca de ajuda para os habitantes do território palestino. A ONU estima que 80% dos 2,4 habitantes do enclave palestino estão deslocados e enfrentam uma crise humanitária.

Fonte: Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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