Com 141 votos a favor, incluindo do Brasil e da Itália, o texto ressalta a “necessidade de alcançar, o mais rapidamente possível, um acordo completo, justo e duradouro com a Carta das Nações Unidas”.
Além disso, “reafirma o compromisso com a soberania, independência, unidade e integridade territorial da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas” e pede “a cessação das hostilidades e a retirada imediata, completa e incondicional das forças militares russas”.
Ao todo, sete países votaram contra a resolução que pede uma paz justa na Ucrânia. São eles: Rússia, Síria, Belarus, Eritreia, Coreia do Norte, Nicarágua e, pela primeira vez, o Mali. Já a China e a Índia estão entre as 32 nações que se abstiveram, bem como Cuba, Paquistão, Angola, Etiópia, Argélia, África do Sul, Zimbábue.
Durante a sessão, a Assembleia Geral da ONU rejeitou também as emendas propostas pela Belarus ao projeto.
“Hoje a Assembleia Geral falou muito claramente, pedindo a obtenção de uma paz completa, justa e duradoura na Ucrânia, de acordo com a Carta da ONU”, afirmou o alto representante da UE para Política Externa, Josep Borrell.
Já o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, ressaltou que “a Itália votou a favor da ‘Resolução pela paz’ na Ucrânia, que foi adotada pelas Nações Unidas, com 141 votos”.
“Um texto que defende a Ucrânia, mas que acima de tudo é a favor da paz. Uma grande vitória em nome da liberdade”, disse.
Segundo o chanceler italiano, “os países, como a Itália, que apoiaram a resolução e que reafirmam a independência da Ucrânia e condenam a invasão russa, além de visarem a paz, venceram facilmente”.
“Não é verdade que há empate, há uma vitória muito clara porque quando o ‘sim’ vence o ‘não’ significa que ganharam, as abstenções não são votos a serem somados aos votos contra.
Abstenções são pessoas ou países que ficam de fora e por isso não participam na votação”, acrescentou Tajani, lembrando que “os resultados contam numa democracia”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.