Volker Turk, alto comissário da ONU para os Direitos Humanos , citou o Brasil nesta terça-feira (7) ao falar sobre a desproporcionalidade no número de mortes de pessoas brancas e negras em razão de ações policiais no país.
O comentário do alto comissário foi feito na apresentação do Relatório Anual de direitos humanos, que aconteceu no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, na Suiça.
Turk ressaltou a queda de 31% na morte de brancos, mas um aumento de quase 6% no número de mortes de negros em confrontos policiais no Brasil em 2021. Ele pontuou ainda que a violência aplicada de “forma tão desproporcional a pessoas de ascendência africana” por parte de policiais é exemplo do dano estrutural enraizado na discriminação racial.
” A discriminação e o racismo são ameaças virulentas, tanto à dignidade humana quanto às nossas relações como seres humanos”, disse. [Discriminação e racismo] dão armas ao desprezo. Humilham e violam os direitos humanos, alimentam rejeições e desesperam e impedem o desenvolvimento”, complementou.
Volker citou também a situação nos Estados Unidos, onde, de acordo com ele, levantamentos apontam que pessoas de ascendência africana têm quase três vezes mais probabilidade de serem mortas pela polícia do que pessoas brancas.
Situação das mulheres no Afeganistão e no Irã
O relatório apresentado pelo chefe de Direitos Humanos da ONU destacou também a situação das mulheres no Afeganistão e no Irã. Ele definiu esta conjuntura como “violações de direitos humanos mais indiscutíveis” na atualidade.
Turk disse que o discurso de ódio que tem as mulheres como alvo também atingem pessoas negras, judeus, muçulmanos, pessoas LGBTQIA+, refugiados, migrantes e integrantes de grupos minoritários e minorizados.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.