Nesta segunda-feira (4), um grupo de especialistas das Nações Unidas declarou que existem “motivos razoáveis” para acreditar que o grupo terrorista Hamas cometeu estupro e comportamento cruel contra mulheres durante um ataque ocorrido em 7 de outubro.
O conflito entre o Hamas e o governo de Israel tem sido marcado por episódios de violência e tensão, e este relatório da ONU lança luz sobre uma dimensão particularmente sombria do conflito.
Segundo o relatório de 24 páginas produzido pela ONU, foram encontradas “informações circunstanciais críveis, que podem ser indicativas de algumas formas de violência sexual, incluindo mutilação genital, tortura sexual ou tratamento cruel, desumano e degradante.”
As investigações apontam que vários reféns levados para Gaza foram submetidos a diferentes formas de violência sexual relacionadas ao conflito.
O relatório destaca a existência de corpos, principalmente de mulheres, encontrados parcialmente ou totalmente nus da cintura para baixo, com sinais de agressão física, muitas vezes na cabeça, e as mãos amarradas.
“A equipe da missão encontrou informações claras e convincentes de que alguns reféns levados para Gaza foram submetidos a várias formas de violência sexual relacionadas ao conflito e tem motivos razoáveis para acreditar que essa violência possa estar acontecendo”, diz o relatório da ONU.
Essas conclusões são resultado de uma análise detalhada realizada ao longo de cinco meses sobre o ataque do Hamas em 7 de outubro, que resultou na morte de 1,2 mil pessoas e deixou 250 em situação de reféns.
Enquanto o relatório foi entregue à ONU, o grupo terrorista Hamas negou as acusações de violência sexual.
Ao mesmo tempo, a ONU também está investigando a possibilidade de soldados israelenses terem cometido crimes sexuais na Cisjordânia, em um esforço para esclarecer os eventos e responsabilidades em ambos os lados do conflito.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.