O escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou nesta sexta-feira (27) estar preocupado com a ocorrência de crimes de guerra no conflito entre Israel e Hamas.
“Estamos preocupados com o fato de estarem sendo cometidos crimes de guerra. Estamos preocupados com a punição coletiva dos habitantes de Gaza em resposta aos ataques atrozes do Hamas, que também equivaleram a crimes de guerra”, disse a porta-voz Ravina Shamdasani, em entrevista coletiva em Genebra.
Shamdasani disse que, apesar da preocupação, cabe a um tribunal independente decidir se crimes de guerra estão sendo cometidos.
Segundo ela, a “nenhum lugar é seguro em Gaza”, e obrigar os palestinos a evacuarem áreas enquanto um cerco total é imposto, como ordenou Israel, “levanta sérias preocupações sobre a transferência forçada, que é um crime de guerra”.
“O uso de armas explosivas por Israel com efeitos de ampla área em áreas densamente povoadas causou grandes danos à infraestrutura civil e perda de vidas civis que, ao que tudo indica, é difícil de conciliar com o direito humanitário internacional”, acrescentou ela, afirmando que a “punição coletiva” de Israel contra a população de Gaza é um crime de guerra e “deve cessar imediatamente”.
Shamdasani também afirmou que o grupo Hamas comete crimes de guerra. “Eles devem libertar imediata e incondicionalmente todos os civis que foram capturados e ainda estão detidos. A tomada de reféns também é um crime de guerra”, disse.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.