A ONG World Central Kitchen (WCK) cobrou nesta quinta-feira (4) uma investigação independente de terceiros sobre o ataque aéreo de Israel que matou sete de seus voluntários na Faixa de Gaza na última segunda.
“Apelamos aos governos da Austrália, do Canadá, dos Estados Unidos, da Polônia e do Reino unido para que se juntem a nós no apelo a uma investigação independente e de terceiros sobre estes ataques, incluindo se foram realizados intencionalmente ou não em violação do direito internacional”, afirmou a WCK, citada pela CNN.
Os trabalhadores humanitários mortos no ataque eram da Austrália, Canadá, Estados Unidos, Polônia, Reino Unido e Faixa de Gaza.
Na nota, a ONG destaca ainda ter solicitado ao governo israelense “que preserve imediatamente todos os documentos, comunicações, gravações de vídeo e/ou áudio e qualquer outro material potencialmente relevante” para os ataques, a fim de “garantir a integridade da investigação”.
Após a ofensiva, a organização americana, fundada pelo chef José Andrés e que distribuía ajuda humanitária para civis no enclave palestino, foi forçada a suspender suas atividades na região.
Além disso, o ataque provocou críticas e cobranças de investigação por parte da comunidade internacional. Segundo a entidade, dois veículos blindados e com o logo da WCK foram bombardeados logo após deixar um galpão em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, onde a ONG havia descarregado mais de 100 toneladas de alimentos que chegaram ao enclave por via marítima.
Todos os deslocamentos tinham sido coordenados com as IDF, que teriam usado um drone com mísseis no ataque.
O Exército israelense chegou a reconhecer o “esforço vital” da World Central Kitchen para “fornecer alimentos e ajudas humanitárias à população de Gaza” e prometeu uma “análise aprofundada para compreender as circunstâncias desse trágico incidente”.