O entorno da Arena Pantanal volta a receber neste sábado (13.01) e domingo (14.01), o projeto Oficina Bike, que ensina crianças e adultos a pedalar. A iniciativa é uma das atividades realizadas nos equipamentos culturais e esportivos da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT). Confira toda a programação do fim de semana.
Oficina Bike
O projeto oferece aulas gratuitas para crianças e adultos que desejam aprender ou voltar a andar de bicicleta. As atividades acontecem no sábado (13.01) e no domingo (14.01), das 16h30 às 19h, perto da escalinata, aos fundos do setor Norte da Arena Pantanal.
Patrocinada pela Secel-MT via emenda parlamentar, a iniciativa garante os materiais necessários para o aprendizado. Dentre os itens disponíveis estão bicicletas para crianças e adultos e até para deficientes visuais.
“Levamos em torno de 35 bikes e, além do monitoramento, ainda oferecemos alimentação e hidratação, tudo gratuito para a população. Outra coisa legal do projeto é que os pais participam junto com os filhos”, explica o coordenador da Oficina Bike, Sérgio Urel, mais conhecido como Cachorrão.
E para quem já sabe pedalar, Sérgio também coordena outra atividade com bicicletas. É o Bike Tour, projeto que reúne pessoas de todas as idades, nas noites de segundas-feiras, para percorrer trajetos que levam a importantes pontos da capital mato-grossense. Na próxima segunda (15.01), o grupo vai até o ginásio Verdinho, no bairro CPA. O local de saída é sempre a Praça da Bandeiras, no Centro Político Administrativo.
Antes do percurso, os participantes se preparam com frutas, açaí e água, tudo oferecido gratuitamente pelo projeto, que ainda dispõe de algumas bicicletas para quem não possui a sua própria. O Bike Tour também conta com o fomento da Secel-MT.
Curso de árbitro de futebol
O gramado e o auditório da Arena Pantanal recebem, neste sábado (13.01) e no domingo (14.01), o curso de arbitragem de futebol. Realizado pela Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), a qualificação oferece preparação física e técnica para a temporada 2024 a cerca de 60 árbitros e árbitros assistentes.
Com a aplicação de testes físicos, as atividades tiveram início nesta sexta-feira (12.01) na pista de atletismo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Na Arena Pantanal acontecem as partes teóricas e técnicas da preparação, que incluem administração e controle do jogo, leitura e posicionamento, faltas táticas, dentre outros aprendizados.
Oficina cultural e exposições de arqueologia e paleontologia
O Museu de História Natural de Mato Grosso promove a Oficina de Colagem Criativa neste sábado (13.01), das 9h às 11h. Com inscrições feitas antecipadamente, a atividade com crianças vai utilizar elementos da natureza coletados no jardim do próprio Museu.
Além de oferecer exposições permanentes de arqueologia e paleontologia, o equipamento cultural da Secel-MT conta com uma agenda de oficinas gratuitas oferecidas ao público no mês de janeiro. Na programação estão ainda aulas de pintura em aquarela, desenho e prática de ioga. Veja aqui.
As oficinas são realizadas nos finais de semana pela manhã, na extensa área verde do espaço cultural da Secel-MT. Com vagas limitadas, as inscrições são abertas às 17h das quartas-feiras que antecedem as atividades.
O Museu de História Natural de Mato Grosso está aberto para visitação de quarta-feira a domingo, das 8h às 18h. A entrada é gratuita aos domingos e feriados. Nos demais dias, o ingresso custa R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia).
Exposição de artes sacras
No Museu de Arte Sacra de Mato Grosso (MASMT), o público vai conhecer as exposições do acervo remanescente da antiga Catedral do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, demolida em 1968, a sala do Santo Papa João Paulo II e o ambiente com mobiliários e objetos que pertenceram a Dom Aquino Corrêa.
As visitações podem ser feitas de quarta-feira a domingo, das 9h às 17h, e o ingresso custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.