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MUNDO

Oficial eleitoral da Venezuela nega que recebeu provas da vitória de Maduro

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro
Pedro Rances Mattey

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro


Juan Carlos Delpino, diretor do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela , denunciou uma série de irregularidades nas eleições presidenciais realizadas em 28 de julho, nas quais Nicolás Maduro foi declarado reeleito.

Em entrevista ao jornal New York Times, Delpino, que é alinhado à oposição, afirmou que não há provas concretas da vitória de Maduro e pediu desculpas à população venezuelana pelo fracasso do CNE em garantir um processo eleitoral justo. Temendo represálias, o diretor está em esconderijo.

Delpino revelou que, durante o processo eleitoral, houve a retirada de testemunhas da oposição, interrupção na transmissão dos resultados, entre outras falhas que, segundo ele, comprometem a legitimidade das eleições.

Enquanto o CNE anunciou a vitória de Nicolás Maduro com 52% dos votos, a oposição, liderada por María Corina Machado, alega que houve fraude eleitoral e reivindica a vitória do candidato Edmundo González Urrutia, com 67% dos votos.

A situação se agravou quando Maduro, que ainda não divulgou os detalhes completos da votação, afirmou que os resultados foram afetados por um “ataque cibernético terrorista”.

A publicação dos resultados provocou protestos em diversas partes do país, que culminaram em 27 mortes e deixaram centenas de feridos. Aproximadamente 2.400 manifestantes foram presos, e Maduro os classificou como “terroristas”.

A independência do CNE e do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela tem sido amplamente questionada, especialmente após a decisão do TSJ de desconsiderar a candidatura de María Corina Machado, uma das principais opositoras de Maduro.


Venezuela e comunidade internacional

A decisão gerou uma reação negativa da comunidade internacional. A ONU, os Estados Unidos, diversos países da América Latina e a União Europeia, por meio de Josep Borrell, condenaram a decisão do tribunal venezuelano.

Em resposta à crescente crise política, o Brasil e a Colômbia emitiram uma declaração conjunta pedindo que a Venezuela publique os dados eleitorais detalhados por seção.

Esse pedido tem como objetivo garantir a transparência do processo eleitoral e restaurar a credibilidade das instituições democráticas do país.

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Fonte: Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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