O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos ( OEA ) convocou nesta sexta-feira (16) uma reunião extraordinária para votar um novo projeto de resolução sobre a grave situação na Venezuela .
A crise política no país se agravou após as disputadas eleições de 28 de julho em que tanto o presidente Nicolás Maduro quanto o candidato desafiante da oposição Edmundo González Urrutia reivindicam a vitória.
A resolução – com o apoio da Argentina, Canadá, Chile, Equador e Uruguai – exigiria que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano publicasse imediatamente a ata com o resultado das votações de cada seção eleitoral e permitira uma verificação independente dos resultados.
O documento evidencia a preocupação com os “relatos de violações dos direitos humanos” após as eleições e apela ao regime de Maduro para que respeite o direito dos cidadãos de se reunirem pacificamente, sem medo de represálias, detenções arbitrárias ou julgamentos irregulares.
Além disso, a OEA pede a proteção das instalações diplomáticas e do pessoal estrangeiro na Venezuela e afirma o compromisso da organização de “permanecer atenta à situação” no país liderado por Maduro.
A reunião é convocada quase um mês depois de o primeiro texto debatido ter sido reprovado por não atingir os votos necessários.
Na ocasião, o Brasil foi um dos 11 países a se abster na votação.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.