Uma pesquisa apontou que a água do oceano está avançando quilômetros abaixo da placa glacial Thwaites, mais conhecida como “geleira do Juízo Final”. Ela está localizada na Antártida e, segundo estudos, se colapso levará a um aumento do nível do mar a volumes catastróficos.
Com a nova pesquisa, que utilizou dados de radar do espaço para realizar um raio-X da geleira, ficou claro que a Thwaites está mais vulnerável ao degelo do que se imaginava.
A passagem da água salgada do oceano mais quente pelo gelo causa um “derretimento vigoroso” na parte inferior da geleira, o que pode significar que as projeções globais de aumento do nível do mar estão sendo subestimadas. O estudo da Proceedings of the National Academy of Sciences foi publicado na última segunda-feira (20).
A placa glacial Thwaites é a mais larga do mundo, com a dimensão aproximada da Flórida. Entretanto, é a mais vulnerável e instável da Antártica, muito porque a terra em que se situa se inclina para baixo, permitindo que as águas oceânicas corroam o seu gelo.
Até o momento, o glaciar já contribuiu com 4% do aumento global do nível do mar. Entretanto, ele possui gelo o suficiente para aumentar mais de 60 centímetros. Cientistas apontam que, como se trata de uma barreira natural para o gelo circundante, o estrago pode ser ainda maior, com um aumento do nível do mar de cerca de 3 metros.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.