As obras do Hospital Central e do Centro Logístico de Abastecimento e Distribuição (Celad), executadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) em Cuiabá, serão entregues em 2024 à população.
O Hospital Central, cujas obras ficaram 34 anos paralisadas, já está 92% executado. A parte antiga do prédio tinha 9 mil m² e foi ampliada em 23 mil m²; o atual projeto totaliza 32 mil m² de área construída. É previsto o investimento total de R$ 215,3 milhões na execução da obra, que deve ser concluída ainda em 2024; os atendimentos devem iniciar em 2025.
A unidade terá capacidade para oferecer 1.990 internações, 652 cirurgias, 3.000 consultas especializadas e 1.400 exames por mês. O novo projeto prevê 10 salas cirúrgicas, 60 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 230 leitos de enfermaria e estrutura física para a realização de exames de imagem. Além disso, a unidade de alta complexidade vai dispor um total de 290 leitos voltados para o atendimento de toda a população de Mato Grosso.
Já a obra do Centro Logístico de Abastecimento e Distribuição (Celad) também está acelerada, com 73% de execução, e receberá o investimento total de aproximadamente R$ 64,7 milhões. Ligada à Assistência Farmacêutica, a unidade oferecerá um espaço mais moderno e amplo para o armazenamento de medicamentos e compostos a serem distribuídos aos munícipios do Estado. O local também irá atender as demandas logísticas de diversas secretarias do Estado.
“É muito satisfatório ver que essas duas obras estão avançadas, já no estágio inicial de acabamento. O planejamento é que nós façamos essas importantes entregas à nossa população em 2024. A obra do Hospital Central é emblemática, será o primeiro hospital construído pelo Estado na capital e ele já nasce como um hospital de referência para a alta complexidade”, destacou o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.
De acordo com a secretária adjunta de Infraestrutura e Tecnologia da Informação da SES, Mayara Galvão, as obras do Hospital Central e do Celad avançam significativamente. “Nossas equipes estão trabalhando diuturnamente nessas obras. Teremos o que há de mais moderno em estrutura e tecnologia de saúde”, acrescentou.
O governador Mauro Mendes vistoriou as construções nesta sexta-feira (02.02). “A entrega deste hospital será um grande benefício para a população, a estrutura será muito tecnológica, com equipamentos modernos”, afirmou.
Seis novos hospitais para MT
Além o Hospital Central, o Governo do Estado constrói outros cinco hospitais em Mato Grosso. Um deles é o novo Hospital Universitário Júlio Müller, localizado na MT-040, estrada que liga Cuiabá ao município de Santo Antônio de Leverger. A construção da unidade é executada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) e já está 55% concluída.
O investimento total é de R$ 221,1 milhões, dividido entre Estado e União, já que a obra é resultado de um convênio firmado entre o Estado e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
As outras quatro unidades em construção são os Hospitais Regionais de Tangará da Serra, Juína, Alta Floresta e do Araguaia, em Confresa. Com investimento previsto em R$ 477 milhões pela SES, as obras avançam no interior do estado e têm previsão de conclusão para 2025. As unidades irão preencher vazios assistenciais na saúde em Mato Grosso.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.