O Hospital Regional de Sinop (478 km de Cuiabá), administrado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), está passando por obras de reforma e modernização, com 95% já executadas. Com um investimento de R$ 8,5 milhões do Governo de Mato Grosso, as melhorias visam modernizar as instalações e garantir um atendimento de qualidade à população da região.
Entre as reformas em andamento, estão a construção de um abrigo de resíduos, além de melhorias na usina de oxigênio e no depósito de rouparia. O hospital passou por uma série de intervenções, que incluem a reforma da recepção, ambulatório, enfermarias, pronto atendimento, setor administrativo, cozinha, refeitório, Unidade Semi-Intensiva (UCI), UTI pediátrica e UTI adulto. O Centro de Material e Esterilização (CME) também foi modernizado e está em fase de finalização.
Vale destacar que, nos últimos cinco anos, o montante total investido em reformas, equipamentos e manutenção predial gira em torno de R$ 30 milhões. A unidade é referência para uma macrorregião de saúde composta por mais de 30 municípios e uma população estimada de 900 mil habitantes.
O secretário de Estado de Saúde, Juliano Melo, destacou a importância destas obras, que são parte de um esforço contínuo para melhorar a infraestrutura de saúde na região Norte de Mato Grosso. “Esses investimentos em infraestrutura são fundamentais para garantir um atendimento de qualidade à população do Sistema Único de Saúde (SUS), além de promover melhorias que beneficiarão a saúde e o bem-estar de toda a nossa população mato-grossense”, afirmou.
A secretária adjunta de Infraestrutura e Tecnologia da Informação da SES, Mayara Galvão, ressaltou que as obras estão sendo realizadas de forma a não interferir no atendimento aos pacientes. “Os cuidados estão sendo prestados normalmente durante todo o período de reforma, com a possibilidade de realocação dos atendimentos dentro do hospital, garantindo que o fluxo de pacientes não seja prejudicado”, explicou a secretária.
Além disso, o Governo de Mato Grosso está investindo na construção de seis novos hospitais, com unidades sendo edificadas em Cuiabá, Alta Floresta, Confresa, Juína e Tangará da Serra, o que amplia ainda mais o acesso à saúde de qualidade no Estado.
O diretor do Hospital Regional, Jean Carlos Alencar, elogiou a atual gestão pelo compromisso em transformar os serviços de saúde oferecidos pelo Governo do Estado, focando em um atendimento eficiente e de qualidade. “Agradeço e parabenizo o Governo do Estado pelo olhar municipalista. Essas iniciativas consolidam o nosso Hospital Regional de Sinop como um centro de referência em saúde, preparado para atender com mais qualidade e eficiência a quem precisa. Na medida que tivemos o avanço nos investimentos, nós também avançamos em paralelo com a oferta de serviços”, disse o diretor.
Satisfação dos Usuários
Uma recente pesquisa de satisfação revelou que 97% dos pacientes e acompanhantes recomendam o Hospital Regional de Sinop. O resultado positivo se mantém comparado ao ano anterior, quando o índice de aprovação e recomendação foi de 99%. A pesquisa, que contou com a participação de 145 pessoas, destaca a modernização da infraestrutura, a qualidade dos serviços prestados e a organização do atendimento como os principais fatores de aprovação. É importante ressaltar que o hospital opera 100% pelo SUS.
Realizada entre junho e agosto de 2024, a pesquisa utilizou questionários com múltiplas escolhas e espaço para comentários, permitindo uma avaliação detalhada da experiência dos usuários. Os questionários foram aplicados aleatoriamente em diversos setores, incluindo clínica, ambulatório, urgência e emergência, além da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Referência na Região Norte
No primeiro semestre de 2024, o Hospital Regional de Sinop realizou 2.607 procedimentos cirúrgicos, o que representa uma média de 434 cirurgias mensais. A unidade possui quatro salas cirúrgicas e 50 leitos cirúrgicos, dentro de um total de 128 leitos, abrangendo diversas especialidades, como ortopedia, cirurgia geral, neurocirurgia, oftalmologia, vascular, urologia, entre outras. Durante o mesmo período, foram oferecidas 8.056 consultas especializadas e 3.526 atendimentos via urgência e emergência.
Uma das grandes conquistas deste ano foi a estruturação do serviço de oftalmologia, que agora conta com a infraestrutura necessária para avaliações, consultas e procedimentos cirúrgicos. Além disso, o hospital se destacou na captação de órgãos, sendo referência em todo o Estado, com três das seis captações realizadas no primeiro semestre em Mato Grosso.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.