Um apagão cibernético atinge vários países nesta sexta-feira (19). Parte do mundo enfrentara dificuldades técnicas que impactam redes de televisão, aeroportos internacionais, serviços ferroviários, mercados financeiros e outras operações. EUA, Espanha, Reino Unido, Nova Zelândia, Índia e Holanda são alguns dos países que enfrentaram desafios informáticos. Até o momento, não foram relatados problemas no Brasil.
O que se sabe?
De acordo com a agência nacional de segurança cibernética da Austrália, várias empresas foram afetadas por uma “falha técnica generalizada”.
Aeroportos e companhias aéreas de várias parte do mundo chegaram a suspender pousos e decolagens. O impacto foi sentido em lugares bastante movimentados como os de Sidney (Austrália), Berlim (Alemanha), Amsterdã (Holanda), Zurique (Suíça) e Hong Kong. Já na Espanha, todos os terminais foram afetados.
As companhias aéreas dos EUA, incluindo Delta, United e American Airlines, suspenderam todos os voos na manhã de sexta-feira, segundo a Administração Federal de Aviação (FAA). “Todos os voos, independentemente do destino” foram suspensos devido aos “problemas de comunicação”.
As comunicações e operações financeiras também foram impactadas. O canal britânico Sky News chegou a sair do ar. A rede ABC, uma das mais importantes da Austrália, relatou uma “falha grave” em seus sistemas.
Ainda, a Bolsa de Londres também teve problemas. O Reino Unido teve falhas nos serviços ferroviários Southern, Thameslink, Gatwick Express e Great Northern.
O Ministério da Defesa do Reino Unido confirmou que monitora a situação e não foi afetado. Ainda, outras autoridades do governo do Reino Unido tratam o apagão como um ataque cibernético de estados hostis ou criminosos.
O que causou a falha?
Os problemas foram causados por um erro em um software fornecido pela Microsoft em parceria com a companha de segurança cibernética CrowdStrike. Em comunicado, os responsáveis disseram que estavam trabalhando para combater a falha.
O presidente da CrowdStrike, George Kurtz, afirmou no X que estava trabalhando para oferecer apoio aos consumidores afetados. Segundo ele, o problema é apenas o sistema operacional Windows.
“Este não é um incidente de segurança ou um ataque cibernético. O problema foi identificado e a operação para consertar já está em andamento”, garantiu Kurtz.
Os problemas começaram nos Estados Unidos, o que levou a cancelamento de os voos.
Segundo o Downdetector, um site que monitora interrupções técnicas, houve picos repentinos de incidentes em sites que utilizam aplicativos da Microsoft desde a noite anterior.
De acordo com a agência de notícias Reuters, a empresa global de cibersegurança Crowdstrike emitiu um alerta aos clientes informando que seu software Falcon Sensor estava causando colapsos completos nos sistemas operacionais Microsoft Windows, resultando na conhecida “tela azul da morte”. O alerta incluía orientações sobre como contornar manualmente essa falha.
Não se sabe ao certo se a Crowdstrike é a única responsável pelos problemas ou se há outras causas envolvidas. A plataforma Microsoft Azure, usada para gerenciar aplicativos e serviços, está investigando a situação e buscando uma solução.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.