O Ministério das Relações Exteriores da Palestina alegou nesta terça-feira (10) que Israel usou bombas de fósforo branco em Gaza. O uso da substância química contra pessoas é proibido desde 1997 pela Convenção de Genebra e só pode atingir alvos militares.
Caso a informação seja confirmada por autoridades internacionais que estão acompanhando com preocupação o desenvolvimento do conflito, essa não seria a primeira vez que Israel usa fósforo branco contra Gaza. Durante os confrontos que aconteceram entre israelitas e palestinos em 2008 e 2009, Israel confirmou ter usado a substância química contra Gaza, mas negou ter violado o direito internacional, afirmando que, na época, os alvos não foram regiões povoadas por civis.
O que é fósforo branco
Ao contrário do vermelho, inofensivo e encontrado em palitos de fósforo, o fósforo branco é altamente tóxico e instável, com a propriedade de voltar a queimar mesmo após ser apagado se entrar em contato com o oxigênio. Devido a essa alta capacidade de combustão espontânea — que se inflama a partir de aproximadamente 30ºC —, a substância deve ser mantida em água ou parafina.
O fósforo branco pode ser fabricado por meio do fosfato encontrado em rochas, com uma aparência que se assemelha à cera, e tem odor ácido semelhante ao de alho. Translúcido, o fósforo branco tende a adquirir uma cor amarelada quando exposto à luz.
A substância já foi utilizada na composição de pesticidas, venenos e fogos de artifício. Hoje, é comumente usada na fabricação de fertilizantes, aditivos alimentares, compostos de produtos de limpeza, chips de computador, ligas metálicas e bombas de fumaça.
Bomba de fósforo branco
Uma bomba de fósforo branco não é uma arma química, cujo uso está proibido desde a Convenção de Genebra de 1997. Ela é uma arma incendiária e deve seguir o Protocolo III da Convenção sobre Certas Armas Convencionais.
“Está proibido, sob qualquer circunstância, atacar com armas incendiárias a população civil como tal, pessoas civis, ou bens de caráter civil”, diz o protocolo. Isso não vale para o fósforo branco usado como sinalizador.
Risco humano
O fósforo branco pode causar queimaduras profundas, até os ossos e até mesmo através deles, e pode reacender após o tratamento inicial, quando tem novo contato com o oxigênio.
O produto químico também pode entrar na corrente sanguínea se ficar em exposição prolongada com carne, envenenando órgãos como os rins, fígado e coração, e possivelmente causando falência múltipla de órgãos. A fumaça liberada pelo fósforo branco também pode danificar o sistema respiratório.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.