Neste fim de semana (dias 9 e 10 de setembro) será realizado em Nova Délhi, na Índia, o próximo encontro do G-20, o Grupo dos 20 países com maior desenvolvimento econômico do mundo.
Atualmente, o G-20 é formado por 19 países (Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Türkiye, Reino Unido e Estados Unidos), mais a União Europeia.
Os países convidados deste ano foram Bangladesh, Egito, Ilhas Maurício, Holanda, Nigéria, Omã, Singapura, Espanha e Emirados Árabes Unidos.
O encontro contará com a presença e participação especial do presidente Lula (PT), tratado como convidado de honra, uma vez que o Brasil assumirá a presidência do grupo a partir de 1º de dezembro deste anoe o encontro do G-20 de 2024 será realizado no Rio de Janeiro.
Para Leandro Consentino, especialista em Relações Internacionais e professor de Ciências Políticas do Insper, é necessário que o Brasil, representado por Lula, fale como do G-20 presidente que virá a ser em breve, e “traga sinalizações daquilo que pretende enquanto líder desse bloco tão importante”.
Questionado sobre o que se espera do Brasil à frente do G-20, Leandro pontua que o primeiro grande desafio é lidar com a problemática da invasão que a Rússia está promovendo na Ucrânia.
Questionado sobre o que se espera do Brasil à frente do G-20, Leandro pontua que o primeiro grande desafio é lidar com a problemática da invasão que a Rússia está promovendo na Ucrânia.
“A gente está num grupo bastante diverso. O grande desafio é equilibrar os interesses de atores que representam o Ocidente, e dos atores que representam um bloco contrário, num momento extremamente delicado”, disse o pesquisador.
De acordo com Leandro, também há muita expectativa em torno da pauta ambiental, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade da matriz energética, pauta sempre muito cara na política externa brasileira.
Ele reforça que diante do grande número de eventos climáticos extremos ao redor de todo o mundo, não é mais possível adiar tal debate. Portanto, “o Brasil precisa ter essa responsabilidade e fazer essa condução buscando, inclusive, seu interesse nacional”.
Por fim, o especialista apontou a importância do Brasil reafirmar a relevância e capacidade de articulação do G-20, consagrando o grupo como “um foro legítimo onde os países possam debater suas diferenças, exercitar sua soberania, compartilhar experiências e decisões”.